Inflação fica estável em julho e acumula alta de 6,27% em 12 meses
Mês tradicionalmente é de inflação mais baixa. No ano, IPCA acumula alta de 3,18%, de acordo com IBGE
Entre os alimentos, o ex-vilão inflacionário, o tomate, teve a maior queda de preços, de 27,25% em julho, seguido pela cebola (10,90%) e cenoura (-5,04%)
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,03% e ficou praticamente estável em julho, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira.
Em junho, os preços haviam subido 0,26% e, em julho de 2012, 0,43%. Julho é um mês tradicionalmente de baixa inflação: em 2009, 2010 e 2011 o IPCA ficou praticamente estável.
Com o resultado, a inflação acumulada no ano até julho ficou em 3,18% e, em 12 meses, 6,27%, pouco abaixo do teto da meta do governo, de 6,5%. No mês anterior o índice em 12 meses chegou a 6,7%, estourando o teto de meta.
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Destaques – Os preços de alimentos e bebidas registraram deflação de 0,33% no mês passado. Em junho, o índice havia registrado alta de 0,04%. O impacto deste grupo na contagem do IPCA de julho foi negativo em 0,08 ponto porcentual. Desde julho de 2011 não era registrada deflação nos preços dos alimentos. Ex-vilão inflacionário, o tomate registrou a maior queda de preços em julho, 27,25%, seguido pela cebola (-10,9%) e cenoura (-5,04%).
O índice do grupo Transportes ficou em -0,66%, deflação ainda maior que a dos alimentos. O impacto desse grupo no índice geral foi de 0,13 ponto porcentual negativo. Trata-se da mais intensa queda de preços nos transportes desde junho de 2012.
Alimentação e transportes responderam, juntos, por 43,8% do IPCA de julho – e também foram os grupos com maior impacto no orçamento das famílias.
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(com agência Reuters)