BRUXELAS (Reuters) – A inflação na zona do euro permaneceu em 3 por cento pelo segundo mês consecutivo em outubro, com os preços do petróleo elevando o custo de vida e complicando a tarefa do Banco Central Europeu (BCE) em lidar com a economia fraca do bloco.

Na máxima em três anos, os preços ao consumidor das 17 nações do euro subiram 0,3 por cento em termos mensais, para atingir 3 por cento na comparação anual, informou a agência de estatísticas Eurostat nesta quarta-feira.

Ambos os números ficaram em linha com as previsões de economistas consultados pela Reuters.

A inflação em outubro ficou acima da meta do BCE, que gostaria de vê-la pouco abaixo de 2 por cento. Muitos economistas esperam que o novo presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, repita o corte de 0,25 ponto na taxa básica de juros em dezembro, para ajudar a economia.

Excluindo os custos de energia, a inflação ao consumidor foi de 2 por cento em outubro, bem mais em linha com o objetivo do BCE, mas alguns economistas não esperam que os altos preços recuem até março do ano que vem.

De acordo com dados individuais dos países do bloco, os preços ao consumidor subiram 3,4 por cento na Bélgica e 3 por cento na Espanha, em termos anuais. A inflação foi de 2,5 por cento na França e de 3,8 por cento na Itália, onde o governo elevou impostos sobre valor agregado para convencer os mercados de que pode pagar suas dívidas.

(Reportagem de Robin Emmott)