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Inflação desacelera em maio, mas segue acima da meta

IPCA ficou em 0,47% no mês passado, diz IBGE. Alta em 12 meses é de 6,55%.

Por Da Redação
7 jun 2011, 09h28

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial do governo, desacelerou a 0,47% em maio, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. O resultado do mês passado é 0,3 ponto porcentual inferior ao registrado em abril (0,77%). Com a variação de maio, o índice acumula alta de 3,71% em 2011 e de 6,55% nos últimos 12 meses – valor acima do teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5%.

O setor de transportes foi o principal responsável pela queda do IPCA. Após aceleração de 1,57% em abril, o item registrou queda de 0,24% em maio. A oscilação foi consequência da variação dos combustíveis, que, de uma alta de 6,53% em abril passaram a -0,35% em maio. O destaque foi o litro do etanol, que teve queda de 11,34% em maio, enquanto havia subido 11,20% em abril. A mudança substancial na variação do produto se dá pelo fim da entressafra da cana, que tem puxado os preços dos combustíveis para baixo. Já os alimentos apresentaram leve alta de abril para maio, com variação de 0,63%, ante 0,58% no mês anterior.

A despeito de a inflação permanecer acima do teto da meta, o mercado aponta desaceleração para os próximos meses. Como resultado das medidas macroprudenciais e do aumento da taxa básica de juros, é esperado que os índices de 12 meses mostrarão, daqui para a frente, indicadores mensais abaixo do teto da meta. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem reafirmado constantemente o compromisso do BC com o cumprimento da meta e garante que, até o final de 2011, o indicador estará significativamente mais próximo do centro da meta. Diante do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) trimestral, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, nos meses de abril e maio, o crescimento já começou a desacelerar.

Economistas monitoram os índices de inflação na esperança de que as medidas do governo continuem fazendo efeito. Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve anunciar nova alta de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic – o que implica a manutenção da política de aperto monetário. O mercado estima que a inflação oficial deve recuar um pouco, mas não muito, encerrando em 6,22% no final do ano – ainda muito acima da meta fixada pelo governo, cujo centro é de 4,5%.

O governo, contudo, dá declarações de que está confortável com índices tão próximos do limite máximo, ignorando que a banda de dois pontos porcentuais para cima e para baixo existe justamente para acomodar efeitos de eventos extraordinários. Em outras palavras, o teto não pode ser tratado como se fosse a meta. Com índices tão elevados de inflação, não é desprezível o risco de algum evento que não está nos planos – como uma quebra de safra ou turbulências na conjuntura internacional – causar inesperada alta de preços a ponto de fazer a inflação, de fato, estourar o teto de 6,5% estabelecido para 2011.

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Inflação mensal desacelera, mas acumulado em 12 meses continua acima do limite

O valor máximo tolerável de acordo com o regime de metas de inflação é de 6,5%.

(Passe o mouse para conferir os valores)

Fonte: IBGE

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