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Em Manaus, indústria bate recorde de faturamento

Entidade estima que vendas de indústrias tenham atingido 81 bilhões de reais

Por Da Redação
19 jan 2014, 12h56

Enquanto a indústria nacional continua com a produção em marcha lenta e reduziu o número de trabalhadores até novembro, as fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) batem recordes de faturamento e emprego. Em 2013, as vendas das empresas instaladas no polo, dominadas por eletroeletrônicos e itens de informática, devem ter atingido 81 bilhões de reais, nas projeções da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Isso representa 10% a mais que em 2012. O número de empregos também foi o mais alto de todos os tempos nas indústrias do polo: 129.000, ante 118.700 no ano anterior.

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“Estamos esperando um crescimento forte para este ano”, afirmou o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira. Nessa previsão, ele considera expansão de 15% na produção de TVs por causa da Copa do Mundo, o impulso advindo dos cerca de 40 novos projetos industriais aprovados a cada dois meses no polo industrial de Manaus, o avanço na fabricação de smartphones e a retomada no ritmo de produção de motos.

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Segundo o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, apesar da retração nas quantidades produzidas até novembro de 2013 de motocicletas, televisores e telefones celulares, a indústria de Manaus cresceu em 2013, puxada por segmentos como de tablets, ar-condicionado e videogames.

Em 2012 inteiro foram produzidos 197.600 tablets. Para 2013, acredita-se que foram fabricados cerca de 2,5 milhões de unidades. Périco observa que a indústria local tem um perfil diferente da do país, pois é especializada em bens de consumo duráveis que se renovam. Isso significa que, se um produto não vai bem, ele acaba sendo substituído por outro.

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Essa flexibilidade da indústria do polo de Manaus explica em parte por que o nível de emprego foi recorde no ano passado. Mais otimista do que o superintendente da Suframa, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus, Valdemir Santana, projeta que o polo tenha encerrado 2013 com 130.000 trabalhadores. “Esse é um nível ótimo”, diz ele. Em dezembro do ano passado, o sindicato homologou 2.146 demissões, 13,4% a menos do que no mesmo mês de 2012.

Inaldo Seixas Cruz, supervisor técnico do Dieese do Amazonas, confirma o nível recorde de emprego da indústria do polo industrial de Manaus. Segundo ele, a discrepância que há entre o comportamento da indústria de transformação nacional e a de Manaus pode ser explicada em parte pelo fato de as fábricas do PIM estarem voltadas principalmente para o mercado doméstico.

A última pesquisa de produção industrial do IBGE mostra que, de janeiro a novembro de 2013, a indústria nacional cresceu 1,4% e a do Estado do Amazonas avançou 1,5% no mesmo período. Já o pessoal ocupado na indústria caiu 1,1% no país em 2013 até novembro.

O economista Mauro Thury de Vieira Sá, professor da Universidade Federal do Amazonas, pondera que comparações entre faturamento e volume de produção podem levar a divergências. De toda forma, os números mostram comportamentos distintos entre a indústria nacional e a do polo de Manaus. Ele ressalta também que o peso da indústria do Amazonas na produção industrial brasileira é muito pequeno, 3,7%, e que na apuração do IBGE não são incorporados produtos novos que fizeram toda a diferença na produção industrial de 2013.

(Com Estadão Conteúdo)

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