Índice de serviços tem quarta baixa seguida ante o IPC
Preços administrados têm contribuído para menor pressão do setor de serviços na inflação ao consumidor, diz Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
O Índice Geral de Serviços (IGS) – indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) que mede a alta dos preços no segmento – ficou em junho abaixo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) pelo quarto mês consecutivo. O IGS do mês passado apresentou elevação de 0,19%, ante 0,23% registrado pelo IPC do mês. Em maio, o IGS ficou em 0,31%.
De acordo com o coordenador do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima, os preços administrados têm contribuído para menor pressão do setor de serviços no IPC. “Os reajustes autorizados pelas agências estão menos frequentes”, explica Lima. O preço da energia elétrica recuou 0,58% em junho, para uma queda acumulada de 1,46% no ano, ante variação negativa de 0,14% em maio.
Entre os preços do serviço, também se destacam o comportamento do combo (TV, internet e telefone), que apresentou em junho recuo de 7,76%; passagem aérea, que teve declínio de 3,91% no período; e o telefone fixo, que ficou estável, mas acumula redução de 1,39% no primeiro semestre.
O arrefecimento dos preços dos serviços, segundo o economista, mostra reflexos da redução do ritmo do consumo. “O aumento de renda da população desacelerou e há um endividamento muito grande do brasileiro”, justifica.
Por outro lado, Lima afirma que os serviços que demandam mão de obra intensiva seguem pressionando os preços do setor. O Índice Trabalho Intensivo apresentou alta de 0,55% em junho, ante 0,40% em maio. No acumulado do semestre, este índice já soma 4,93%. “A desaceleração da economia ainda não chegou ao mercado de trabalho e para os serviços com grande demanda de mão de obra”, explica.
(com Agência Estado)