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Incertezas econômicas e terrorismo marcam debates em Davos

Tema oficial desta reunião é a quarta revolução industrial, mas, como em outras edições, o encontro com gigantes das finanças é atropelado pelo noticiário recente

Por Da Redação
20 jan 2016, 11h53

O fórum econômico de Davos, na Suíça, começa nesta quarta-feira com discussões sobre o risco de o crescimento global descarrilar, uma economia chinesa preocupante, um contexto geopolítico marcado por ataques terroristas quase diários e a crise migratória. A segurança foi reforçada neste ano no pequeno vilarejo da cidade suíça onde se reúnem 2.500 mandatários e empresários, entre eles o vice-presidente americano Joe Biden e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

O tema oficial do encontro é a chamada quarta revolução industrial, que poderia transformar a economia global, mas a pauta acaba atropelada pelo noticiário. “Como muitas vezes em Davos, o assunto é permeado por eventos mundiais, e o que prende a atenção de todos é o que está acontecendo na China, onde o crescimento está desacelerando”, afirma o economista-chefe da empresa britânica IHS, Nariman Behravesh.

Pequim publicou na terça-feira os números de seu crescimento em 2015, o menor em 25 anos (6,9%). A desaceleração chinesa e dos países emergentes em geral pesa sobre o aumento do produto interno bruto (PIB) global e, desta forma, é o conjunto da economia mundial que corre o risco de “descarrilar”, como alertou na terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Essa situação tensa também afeta os mercados financeiros, que experimentam um período de alta volatilidade, e os preços do petróleo e matérias-primas, que estão no seu mais baixo patamar em mais de uma década.

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“É preciso desendividar o sistema financeiro. Atualmente, ainda há entre 40 e 80 trilhões (de dólares) em derivativos financeiros similares aos que levaram o mundo à beira da quebra em 2008”, advertiu em um dos debates desta quarta-feira, o investidor americano Paul Singer, da Elliott Management.

O presidente mexicano Enrique Peña Nieto também irá a Davos, onde manterá sessões privadas com investidores e empresários, além de outro encontro com o mandatário argentino Mauricio Macri. Depois de mais uma década de afastamento da Argentina do fórum, Macri se junta às elites mundiais, com uma intensa agenda bilateral que inclui um encontro com o primeiro-ministro britânico David Cameron na quinta-feira. O tema das Malvinas deve concentrar as discussões entre os dois.

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O governo Macri, que surpreendeu os mercados com audaciosas medidas de liberalização econômica, está disposto a apresentar uma nova oferta aos investidores internacionais para tentar resolver a questão da moratória da dívida. “Está claro que esse novo governo é muito mais aberto aos empresários, mas no fim são as ações que contam, mais do que as palavras”, diz Behravesh.

Crise migratória – O Fórum, que organiza dezenas de debates por dia, analisará com alguns dos melhores especialistas mundiais como lutar contra o extremismo e como oferecer uma solução à grave crise migratória vivida pela Europa.

Nesta quarta-feira, mais de vinte pessoas morreram em um ataque dos talibãs contra uma universidade no Paquistão. A ameaça extremista se mistura com a onda de migrantes que chega à Europa diariamente.

“O que está acontecendo na África e seu impacto nos fluxos (de imigrantes) em direção ao norte, à Europa, me preocupa muito”, declarou em um debate o ex-comandante da Otan na Europa, o general James Stavridis.

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(Com Agência France-Presse)

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