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Importação de gasolina pelo Brasil é recorde

Gastos e volume de importação em 2012 foram os maiores da série histórica iniciada em 2000 pela ANP

Por Da Redação
13 fev 2013, 18h55

A gasolina foi a grande vilã da balança comercial de petróleo e derivados em 2012, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apesar de o gasto maior continuar sendo com o óleo diesel, em 2013, o país, sobretudo a Petrobras, teve uma despesa recorde com a aquisição de gasolina. Foram gastos 3 bilhões de dólares para comprar 3,8 bilhões de litros do combustível no exterior, o maior volume da série histórica da agência, iniciada em 2000. Também os gastos foram os maiores já registrados, 82% superiores aos de 2011.

Diante da incapacidade de produzir mais derivados no curto e médio prazos, o Brasil vê distanciar-se ano a ano o sonho da autossuficiência em petróleo e derivados. O então presidente Luis Inácio Lula da Silva, com a descoberta do pré-sal, chegou a comemorar um futuro próximo em que o Brasil participaria do seleto grupo dos grandes exportadores mundiais.

O cenário deve melhorar com a entrada em operação da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, em 2014, segundo a previsão da Petrobras. Ainda assim, o aumento de capacidade não será suficiente para cobrir o crescimento da demanda e o país tende a continuar precisando comprar no exterior o volume que é incapaz de produzir, projetou Vitto.

Pelas contas de Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de InfraEstrutura (CBIEE), o país importa, hoje, 11% do total consumido de combustível. A balança comercial do grupo de combustíveis e lubrificantes é deficitária em 9 bilhões de dólares – considerando um gasto com importação de 35,3 bilhões de dólares e receita com exportação de 26,2 bilhões de dólares, segundo dados de Lia Valls, especialista em comércio exterior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

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A despesa com a importação de gasolina é crescente desde 2010 – tendo passado de 70,6 mil dólares em 2009, para 285 milhões de dólares em 2010 e 1,6 bilhão de dólares em 2011. Desde 2005, o país não importava o combustível continuamente, mês a mês, sem interrupção e em grandes volumes, como ocorreu no ano passado. Em 2012, foram adquiridos no mercado internacional 73% mais gasolina do que em 2011.

O auge da importação foi registrado no mês de novembro, com 640 milhões de litros, embora a maior variação em um mês em comparação a igual mês do ano anterior tenha ocorrido em janeiro, quando foram importados 314,5 milhões de litros, ante 1 mil litros adquiridos em janeiro de 2011.

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(Com Estadão Conteúdo)

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