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Impasse fiscal levará à ampla recessão, diz OCDE

Organização reitera ainda que países emergentes sentirão uma forte desaceleração em suas atividades e que impasse está "inutilmente" colocando em perigo a estabilidade mundial

Por Da Redação
10 out 2013, 11h18

Os 34 países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em geral países desenvolvidos, vão entrar em recessão se Washington não resolver o impasse fiscal que se arrasta há semanas, alertou nesta quinta-feira o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. Segundo ele, o bloqueio orçamentário nos Estados Unidos “coloca inutilmente em perigo a estabilidade e o crescimento” dos mercados ao redor do mundo.

“Ainda vemos como pequena a probabilidade de fracasso em aumentar o teto da dívida (dos EUA), mas, à medida que a paralisação do governo se arrasta, o nível de preocupação vai crescendo”, afirmou Gurria em nota. Para ele, se o teto da dívida não for elevado, “ou melhor, abolido”, os mercados emergentes também vão experimentar uma forte desaceleração de suas atividades econômicas.

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O impasse que se arrasta por semanas no Congresso americano já paralisou, parcialmente, as atividades da Casa Branca desde terça-feira passada, quando acabou o prazo para a aprovação do orçamento do país. Republicanos, maioria na Câmara, e democratas, maioria no Senado, não conseguem chegar a um acordo sobre diversos temas polêmicos como o aumento do limite de dívida do governo e a reforma do sistema de saúde, conhecida como Obamacare.

Além dos impactos econômicos que a paralisação da administração pública pode resultar, sem o aumento do teto da dívida federal os EUA podem anunciar um calote no próximo dia 17, quando vencem obrigações bilionárias e a capacidade do governo de tomar empréstimos chega a seu limite. O mundo se volta aos EUA, enquanto o presidente Barack Obama tenta um acordo com a oposição.

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Na Ásia, a imprensa estatal chinesa também lamentou as “lutas políticas internas” que provocam o bloqueio orçamentário nos EUA, advertindo que elas ameaçam a economia mundial.

“O surpreendente fracasso do Congresso americano em colocar os imperativos nacionais acima dos interesses partidários provoca uma onda de inquietações entre os investidores e os governos de todo o mundo, que temem agora o impensável, uma suspensão de pagamentos da maior economia mundial”, está escrito no China Daily, jornal oficial em inglês do governo, em um editorial no qual pede aos congressistas americanos que “parem de fabricar crises”.

A China é o país com mais títulos da dívida americana, com 1,277 bilhão de dólares em bônus do Tesouro no fim de julho.

(com agências Reuters e France-Presse)

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