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Imbra paralisa unidades e não paga funcionários

Empresa alega que 'complexos tramites financeiros sofreram atrasos'

Por Ana Clara Costa
14 set 2010, 18h23

Comprada pela GP Investimentos em setembro de 2008, a Imbra foi um dos poucos fracassos do fundo de private equity fundado por Jorge Paulo Lemann

A empresa paulista de tratamentos odontológicos Imbra está com parte de sua rede de 26 clínicas paralisada, além de os salários de funcionários estarem atrasados. VEJA.com confirmou que os problemas atingem todas as 11 unidades do Estado de São Paulo. Há relatos ainda de problemas em Niterói, Salvador e Belo Horizonte.

Comprada pela GP Investimentos em setembro de 2008, a Imbra foi um dos poucos fracassos do fundo de ‘private equity’ fundado por Jorge Paulo Lemann e presidido hoje por Fersen Lambranho e Antonio Bonchristiano. Mesmo comandando a gestão da empresa, o fundo não conseguiu livrá-la do histórico de maus resultados – e tampouco conseguiu recuperar o investimento feito (cerca de 180 milhões de reais).

A Imbra foi vendida para o grupo Arbeit, de Oscar Muller, em junho deste ano, pelo simbólico valor de 1,80 real. Muller é conhecido por comprar empresas em apuros e pagar pechinchas por elas. São suas a Sucos Milani e a Cargos Bis. A estratégia do empresário para fazer a Imbra dar lucro era transformar seu modelo de unidades próprias (atualmente 26) em franquias. A companhia tem mais de 3 mil colaboradores e realiza, segundo sua página na internet, mais de 4 mil implantes por mês.

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Há cerca de um mês, os responsáveis pelas 11 unidades do Estado de São Paulo foram avisados de que a empresa demitiria todos os funcionários do Estado e os contrataria de volta sob o regime de prestação de serviços (e não mais carteira assinada). Neste sábado, completou-se um mês após o anúncio e nenhum funcionário foi pago. “Trabalhamos normalmente, cumprimos aviso prévio e, mesmo assim, ninguém recebeu o salário regular, previsto para o dia 6 de setembro”, afirma uma funcionária da empresa.

VEJA.com apurou que desde sábado as unidades do Estado estão fechadas. “Hoje, a única unidade que abriu foi a do Morumbi, mas só até meio-dia”, afirmou a funcionária. Procurados por VEJA.com, os executivos do Grupo Arbeit e Imbra não quiseram se pronunciar. Por meio de sua assessoria, a Imbra comunicou apenas que “devido à recente reestruturação da empresa, alguns complexos tramites financeiros sofreram atrasos, como o pagamento de alguns de seus colaboradores, e a situação estará normalizada a partir de 16 de setembro”.

Ainda de acordo com a assessoria, a situação estará normalizada em 16 de setembro. A partir deste dia, assegura a empresa, as clínicas que suspenderam a operação retomarão o pleno atendimento.

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