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Ibovespa cai ao menor nível do ano por temor com Europa

Índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 3,06%, a 57.627 pontos. Foi o quinto pregão consecutivo com desempenho negativo

Por Da Redação
14 Maio 2012, 17h03

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Ibovespa, recuou nesta segunda-feira pelo quinto pregão consecutivo, atingindo o menor patamar de fechamento do ano. O indicador encerrou em queda de 3,06%, a 57.627 pontos, essa foi a maior queda em quase oito meses. O giro financeiro foi de 5,73 bilhões de reais.

O Ibovespa está perto de zerar os ganhos do ano. Em última cotação de 2011 foi de 56.754 pontos. Desta maneira, a bolsa brasileira ainda acumula valorização de 1,38% em 2012.

O mau desempenho da bolsa brasileira, verificado ao longo de todo o dia, deve-se ao prolongado impasse político na Grécia e à possibilidade de que o país tenha de sair da zona do euro. O fato impôs clima de forte aversão a risco aos mercados. Houve também a influência dos sinais de que a economia chinesa possa estar sofrendo desaceleração maior que a prevista.

Somente dois papeis tiveram alta no pregão desta segunda-feira: Ambev preferencial (77,24 reais, alta de 0,31%) e Souza Cruz ordinário (27,68 reais, avanço de 0,04%). As ações do setor imobiliário foram as que mais caíram no dia. Os ativos da Brookfield despencaram 14,85% (4,18 reais), enquanto PDG fechou com baixa de 10,15% (4,07 reais) e Rossi Residencial com desvalorização de 9,51% (6,47 reais).

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Dólar – Com a corrida dos investidores por ativos considerados seguros, tais como a moeda norte-americana, o real perdeu valor nesta segunda-feira. A forte demanda por dólares fez com que a divisa ultrapassasse a barreira dos dois reais às 14h29 – valor que não era verificado desde 8 de julho de 2009. O movimento perdeu força em seguida, mas não o suficiente para afastar a moeda brasileira deste patamar. Desta forma, o dólar chegou ao final do pregão desta segunda-feira cotado a 1,9899 real, com alta de 1,73%.

Estados Unidos – Por razões semelhantes às que afetaram a bolsa brasileira, as dos Estados Unidos também fecharam em baixa. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,98%, para 12.695 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 teve desvalorização de 1,11%, para 1.338 pontos. E o termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,06%, para 2.902 pontos.

Europa – “Na Europa, além da Grécia em si, o que preocupa é o possível contágio da situação grega para outros países como Espanha”, afirmou Marc Sauerman, que ajuda a gerir 650 milhões de reais na JMalucelli Investimentos. O presidente grego dará continuidade aos esforços para formar um governo de coalizão na terça-feira, na tentativa de evitar novas eleições no país, após o pleito inconclusivo realizado no último dia 6. No entanto, o partido radical de esquerda Syriza disse que manterá posição contra o resgate internacional.

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Também na terça-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, se reunirá com o novo presidente da França, François Hollande, crítico das políticas de austeridade defendidas por Merkel e defensor de medidas expansionistas para lidar com a crise. No fim de semana, o partido de Merkel sofreu “amarga” derrota em eleição em um Estado crucial para os rumos políticos da Alemanha.

“A política europeia não é mais tão clara como era antes das eleições na França, agora você tem a Merkel de um lado e Hollande do outro, e ainda não está claro para os investidores qual vai ser a posição do Hollande”, disse Sauerman. “Essa será uma semana de alta volatilidade, com tendência de queda.”

Pela manhã, o dado de produção industrial na Europa mostrou recuo inesperado em março, em mais um sinal de que a recessão na zona do euro pode não ser tão branda como esperada. Investidores aguardam agora o PIB do primeiro trimestre da região, que será divulgado na terça-feira.

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(com agência Reuters)

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