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Hipótese de reformulação da zona do euro ganha força na imprensa internacional

Representantes de países da União Europeia tornaram públicos planos da Alemanha e da França de diminuir o bloco

Por Da Redação
9 nov 2011, 22h38

Com a crescente instabilidade política e econômica na Itália e na Grécia, ganhou força na imprensa europeia a hipótese de esfacelamento da zona do euro. Integrantes graduados de países da União Europeia começaram a vazar planos de Alemanha e França para diminuir a quantidade de países na união monetária — e, talvez, padronizar taxas e impostos. E analistas de periódicos internacionais passaram a demonstrar explicitamente a preocupação com o futuro da moeda única.

Os primeiros rumores partiram de fontes ouvidas pela agência Reuters, que garantiram que as conversas entre as duas maiores economias da eurozona têm acontecido há meses, e em todos os níveis de governo. “Precisamos estabelecer a lista exata de quem não quer mais fazer parte do clube e de quem simplesmente não pode mais fazer parte”, disse um representante de um dos países à Reuters. A agência lembrou ainda que a ideia de uma Europa indivisível vem perdendo força:

“Até certo ponto, o tabu a respeito da saída de um país do bloco dos 17 foi quebrado na cúpula do G20, em Cannes, na semana passada, quando a chanceler alemã, Angela Merkel, e (o presidente francês, Nicolas) Sarkozy, disseram efetivamente que a Grécia poderia ter de deixar o grupo caso a estabilidade de longo prazo da eurozona tivesse de ser preservada.”

Pouco depois, o britânico The Guardian reforçou a informação: “Representantes seniores em Paris, em Berlim e em Bruxelas teriam discutido a possibilidade de um ou mais países deixarem a zona do euro, enquanto o restante seguiria na direção de aprofundar a integração econômica, incluindo taxas e de política fiscal.” Mais tarde, o site do jornal especializado Financial Times estampou em sua manchete o risco de uma era estar chegando ao fim: “Conversas sobre fim da eurozona agita mercados”.

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A revista britânica The Economist, por sua vez, classificou a união monetária como uma “espiral da morte”. A publicação afirmou que os mercados estão abandonando a periferia, incluindo a Itália. Isso leva os bancos a retirarem crédito do mercado europeu, o que prejudica a economia da região, que já está sendo esmagada pelos programas de austeridade. A conclusão é categórica:

“Uma economia mais fraca prejudica as receitas e mina os esforços para consolidação fiscal, afastando investidores e pressionando por mais austeridade. O ciclo continuará até que alguma coisa se quebre.”

Embora o plano citado inicialmente pela Reuters esteja ainda sendo tratado às portas fechadas, Merkel e Sarkozy deram declarações que pareceram confirmar as suspeitas. Preocupada com a situação econômica italiana, que se agravou nesta quarta-feira, Merkel convocou os membros da zona do euro a acelerar os planos para uma integração política mais profunda. “É tempo de avançar para uma nova Europa. O mundo está mudando e precisamos estar preparados para responder aos desafios”, disse. E Sarkozy foi além: mencionou, em discurso, que existem duas Europas, caminhando em velocidades diferentes. Será possível, nessa situação, as nações da zona do euro permanecerem de mãos dadas?

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