Genebra, 28 mai (EFE).- O britânico Guy Ryder, eleito nesta segunda-feira novo diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), assumirá suas funções em 1º de outubro em meio a uma crise do emprego sem precedentes nos países industrializados.
O décimo diretor-geral da OIT, quem substitui no cargo o chileno Juan Somavía, será o primeiro a exercer a função após ser indicado pelos sindicatos e não por seus respectivos governos.
No entanto, Ryder, de 56 anos, pode ser considerado ‘da casa’, já que durante dois períodos ocupou cargos de direção na OIT, uma organização única por contar com o voto e a representação de sindicatos, governos e patronais.
Desde 2010, Ryder é diretor-executivo da OIT e responsável do Departamento de Normas, Princípios e Direitos Humanos Fundamentais no Trabalho, que tem como função a supervisão da aplicação dos convênios e recomendações da organização. Esta é um dos principais setores da OIT, já que atua na defesa dos direitos dos trabalhadores.
Ryder é visto como o ‘herdeiro’ natural de Somavía, de quem foi o principal colaborador desde que retornou à OIT, em 2010, e representa por muitos os princípios e convicções da organização fundada em 1919.
Antes de se transformar no ‘número dois’ da OIT, o britânico foi secretário-geral da Confederação Sindical Internacional, a entidade mundial mais representativa na história deste setor, nascida da fusão com a Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres, que Ryder dirigiu por quatro mandatos.
O britânico começou sua carreira em 1981, no Departamento Internacional da Trades Union Congress, entidade que agrupava várias organizações sindicais de seu país.
Entre 1988 e 1998 foi diretor-adjunto do Escritório em Genebra da Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres, da qual chegou a ser diretor.
Em 1998, ele se tornou diretor do Escritório de Atividades para os Trabalhadores da OIT, e em 2002, foi nomeado responsável pelo gabinete do diretor-geral da organização.
Ryder nasceu em Liverpool, em 1956, e completou sua formação nas universidades de Cambridge e Liverpool. EFE