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Greve da Air France é a mais longa em mais de 15 anos

Nesta segunda os pilotos parados rejeitaram proposta da empresa de suspender temporariamente o projeto de sua filial de baixo custo

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h49 - Publicado em 22 set 2014, 17h55

Os pilotos da Air France rejeitaram uma proposta da direção da companhia aérea de suspender temporariamente o projeto da sua filial de baixo custo, motivo principal que levou dezenas de funcionários a entrarem em greve há oito dias. Esta teria sido a “proposta final” para pôr fim à greve, que a empresa considera “infundada”. Segundo o presidente do grupo AF-KLM, Alexandre de Juniac, foi proposta aos sindicatos a suspensão até dezembro do projeto para abrir a filial de baixo custo Transavia.

A greve na Air France é a mais longa desde 1998. Desde o dia 15 de setembro, mais da metade dos aviões da companhia não decolam por causa da greve de pilotos. De acordo com a direção da companhia, a paralisação está causando perdas que podem chegar a 20 milhões de euros por dia. A empresa prevê uma pequena melhora da situação nesta terça-feira, com 48% dos voos em operação, enquanto nesta segunda-feira foram apenas 42%.

Para o principal sindicato de pilotos da Air France, o SNPL, a proposta é uma “última provocação” e “uma cortina de fumaça que não oferece mais garantias do que os anúncios anteriores e que não resolve nenhum problema”. “Ele (Juniac) tenta apagar o incêndio soprando as brasas”.

Os funcionários discordam do projeto de criação de 250 vagas de pilotos na Trasavia com condições trabalhistas menos favoráveis. Eles temem que o projeto possa afetar os empregos do grupo. A Air France quer aumentar a frota da Transavia de 14 para 37 aviões em 2015 e 24 aviões em 2016 e já manifestou vontade de abrir novas bases de sua filial de baixo custo na Europa a partir de 2015, empregando pilotos com contratos de trabalho de outros países. O projeto é considerado essencial para o desenvolvimento da corporação.

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O SNPL acusou Juniac de ser um “bombeiro piromaníaco” e de “ter apostado por uma diminuição da mobilização depois dos oito primeiros dias”, mas alertou que “a greve não enfraquece”. No sábado, o sindicato anunciou a manutenção da greve até sexta-feira, dia 26, e não descartou ir além, caso a direção não melhore a proposta. Em agosto a Air France propôs um plano de aposentadorias voluntárias para 200 de seus 3.760 pilotos. Haverá um diálogo para “dar aos pilotos as garantias necessárias”, prometeu o presidente da companhia.

O governo francês fez vários apelos pelo fim da greve nos últimos dias. O primeiro-ministro, Manuel Valls, disse nesta segunda-feira que a direção da Air France fez propostas “razoáveis” e pediu o fim da paralisação dos pilotos “o mais rápido possível”. A necessidade de “retomar o trabalho” também já havia sido reforçada pelo secretário de Estado de Relações com o Parlamento, Jean-Marie Le Guen.

O ministro dos Transportes, Alain Vidalies, havia pedido na véspera “um compromisso” entre direção e sindicatos. “É necessária uma atitude positiva nesta situação. Caso contrário, creio que o futuro da empresa pode estar em jogo”, disse o ministro, lembrando que a Air France, como as outras companhias aéreas tradicionais, enfrenta a concorrência de companhias de baixo custo e é “financeiramente frágil”.

A Air France voltou a pedir desculpas a seus clientes em uma carta na qual que afirmou que compartilha sua “frustração” e seu “descontentamento”.

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(Com agência France-Presse)

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