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Graça defendeu aumento de ‘dois dígitos’ para a gasolina a três semanas do 1º turno

"Não há como segurar essa companhia no ano que vem (2015) se nós não tivermos esses (aumentos) de preços", disse a então presidente da estatal, segundo gravação obtida pelo jornal Folha de S.Paulo

Por Da Redação
9 Maio 2015, 12h01

Em reunião do conselho da Petrobras realizada em setembro do ano passado, a então presidente da estatal, Graça Foster, defendeu um aumento de “dois dígitos” no preço dos combustíveis. “Fica muito difícil não ter já de pronto esse ano (2014), pelo menos no último trimestre, um aumento de preços para diesel e gasolina com dois dígitos”, disse Graça, segundo áudio obtido pelo jornal Folha de S.Paulo. Durante a reunião, o presidente interino no conselho era Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), devido à ausência do ministro Guido Mantega.

A reunião aconteceu em 12 de setembro, a três semanas do primeiro turno das eleições. Na gravação, Graça pondera que a estatal não tinha condições nem aumentar a produção, nem de reduzir investimentos já assumidos para 2014 e 2015, daí a necessidade do reajuste. “Não há como segurar essa companhia no ano que vem (2015) se nós não tivermos esses (aumentos) de preços”, diz a executiva. A defesa do reajuste de dois dígitos não consta da ata da reunião, segundo a reportagem – embora a gravação de pouco mais de um minuto comece com Graça solicitando expressamente o registro em ata das observações feitas.

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O aumento de combustíveis só saiu depois do segundo turno das eleições – uma semana depois da vitória de Dilma – e veio bem abaixo: 3% para a gasolina e 5% para o diesel nas refinarias. As perdas decorrentes da interferência do governo na política de preços da estatal são uma das razões que levaram a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a abrir um processo contra ex-conselheiros para apurar se eles induziram os investidores ao erro ao concordarem com medidas que prejudicavam o caixa da empresa.

Ainda segundo o áudio, o então conselheiro José Monforte afirmou que a decisão de subsidiar o preço da gasolina inviabilizava investimentos. “Estamos ignorando elementos de decisão. Não se age, não se toma decisão, Eu acho que é (gestão) temerária, sim”, afirmou, dirigindo-se a Luciano Coutinho. Outro membro do conselho, Silvio Sinedino, então presidente do Sindicato dos Petroleiros, acusou a empresa de bancar indevidamente o controle da inflação. “Dizer que está havendo um uso político? Claro que está, gente”. O áudio mostrou ainda que o presidente do BNDES não reagiu diretamente aos ataques.

(Da redação)

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