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Grã-Bretanha entra em recessão e intensifica temores

Por Da Redação
25 abr 2012, 09h15

LONDRES, 25 Abr (Reuters) – A economia da Grã-Bretanha entrou em sua segunda recessão desde a crise financeira, mostraram dados nesta quarta-feira, ampliando a pressão sobre o governo de coalizão do primeiro-ministro David Cameron.

O Escritório Nacional de Estatísticas informou que o Produto Interno Bruto (PIB) britânico recuou 0,2 por cento no primeiro trimestre de 2012, depois de uma contração de 0,3 por cento no final de 2011.

A inesperada queda ficou longe da expectativa de crescimento de 0,1 por cento.

Os dados foram divulgados no momento em que a coalizão Conservadora-Liberal Democrata vê seu apoio recuar nas pesquisas de opinião após semanas de fortes críticas por medidas impopulares relacionadas a impostos no orçamento do mês passado. As eleições locais, um grande teste, são em 3 de maio.

A maioria dos economistas esperava que a economia britânica conseguisse um modesto crescimento no início de 2012, mas essas estimativas foram derrubadas pela maior queda na produção do setor de construção em três anos, combinada com um declínio do setor de serviços financeiros e da extração de petróleo e gás.

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Cameron disse que os números foram “muito, muito decepcionantes”.

“Não procuro justificá-los. Não vejo razão para tentar explicá-los. Não há qualquer complacência neste governo ao lidar com o que é uma situação muito difícil que, francamente, acabou de ficar mais difícil.”

O governo precisa desesperadamente do crescimento para atingir sua meta principal de eliminar o grande déficit orçamentário no decorrer dos próximos cinco anos. Mas isso será um desafio na medida em que os parceiros comerciais europeus da Grã-Bretanha já estão em recessão.

Os números colocam um dilema para o Banco da Inglaterra (banco central), que aparentemente havia concluído sua segunda rodada de “quantitative easing” (compra de ativos), dizendo que estava mais persuadido por pesquisas que evidenciaram que a economia estava se fortalecendo.

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“Isso pode ser um motivo para uma mudança na política monetária”, disse o economista do Investec Philip Shaw. “Com a fraqueza penetrando na economia … há um debate genuíno para ser feito sobre se é prudente suspender o QE (programa de compra de ativos).”

Cameron passou por um período tórrido desde que o orçamento anual de seu governo foi atacado no mês passado por cortar impostos no topo da faixa de renda e ao mesmo tempo tirar dinheiro dos pensionistas.

(Reportagem de David Milliken e Fiona Shaikh)

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