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Governo tenta evitar calote de empreiteiras da Lava Jato

Dilma Rousseff teria conversado com presidentes do BNDES, BB e Petrobras para negociar plano para receber dívidas das empresas

Por Da Redação
3 mar 2015, 09h49

O governo continua tentando mapear o estrago dos desdobramentos da Operação Lava Jato no sistema financeiro e, consequentemente, na economia. A presidente Dilma Rousseff convocou, na segunda-feira, os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e do Banco do Brasil (BB), Alexandre Abreu, para uma reunião no Palácio da Alvorada. Também esteve no encontro o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.

Nenhum desses encontros apareceu na agenda oficial da presidente. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o encontro serviu para que os executivos negociassem um plano para evitar o calote das empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato nos pagamentos de financiamentos que já foram liberados. Estima-se que a Petrobras e as empresas tenham firmado contratos com bancos públicos e privados avaliados em 130 bilhões de reais. Essa estimativa foi feita por uma equipe liderada por Bendine quando ele ainda estava à frente do BB.

Os presidentes dos bancos públicos e da estatal também tentam evitar suspensão de operações de longo prazo, essenciais à sobrevida financeira das empresas. Um dos casos emblemáticos das consequências da Operação Lava Jato é a situação da Sete Brasil, empresa criada para gerenciar a contratação de sondas para exploração do pré-sal pela Petrobras.

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Exigências – De acordo com a reportagem, o BNDES fez exigências que a Sete Brasil diz não poder atender: uma fiança bancária de 1,5 bilhão de dólares, uma auditoria independente para averiguar os preços das sondas contratadas e o uso integral dos recursos para pagar apenas o primeiro lote de sondas, sete no total. Um dos presentes na reunião com a presidente Dilma informou que as negociações envolvem um provável recuo nas exigências do banco de fomento para a liberação do empréstimo.

O socorro à Sete Brasil é considerado prioritário e emblemático pelo governo pelo envolvimento que a fornecedora da Petrobras tem com outras empresas. Assessores da presidente ressaltam que a operação é importante para evitar um agravamento ainda maior da crise da indústria naval, com impacto em toda a cadeia produtiva e na geração de empregos.

A Sete Brasil enfrenta dificuldades para conseguir recursos e saldar as dívidas de curto prazo. A empresa, que tem como sócios os bancos Bradesco, BTG Pactual, Santander, fundos de pensão de estatais, FI-FGTS (fundo de investimento em infraestrutura gerido pela Caixa) e a própria Petrobras, tem a responsabilidade de construir 28 sondas de perfuração para a estatal. Do lado político, o governo quer sinalizar que, apesar dos diversos problemas envolvendo empresas ligadas à estatal, o setor de petróleo e gás “não pode parar”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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