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Governo reafirma que não deixará Eletrobras perecer

Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, garante que estatal terá condições de atuar no setor, mas admite que ela terá de se adaptar a uma nova realidade

Por Da Redação
22 nov 2012, 18h38

A Eletrobras amargou nesta quinta-feira mais um dia de forte desvalorização de suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo, mas o governo deixou claro que poderá tomar medidas para evitar que a estatal perca força e fique sem condições de atuar no setor elétrico. “A gente nunca vai deixar a Eletrobras perecer”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Dois dias atrás, a mesma garantia foi dada pela presidente da República, Dilma Rousseff, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

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Desde que o governo revelou as condições que serão exigidas das empresas do setor elétrico interessadas em renovar antecipadamente as concessões que vencem entre 2015 e 2017, os papéis da Eletrobras perdem valor.

Nesta quinta-feira, não foi diferente. As ações que dão direto a voto (ON) perderam 8,74% de seu valor, e encerraram o dia valendo 6,16 reais. O papel liderou as quedas do Ibovespa, que é principal índice da bolsa paulista. As ações que garantem preferência no recebimento de dividendos (PNB) – tradicionalmente o tipo de ação mais comprada pelos investidores no Brasil – fecharam a sessão valendo 6,89% menos, cotadas a 7,30 reais.

O conselho de administração da estatal decidiu na semana passada recomendar aos acionistas que aceitem a proposta do governo para renovar as concessões de geração e transmissão da companhia. A aceitação da Eletrobras é fundamental para o governo conseguir reduzir a conta de luz, a partir do início do próximo ano, em 20%. O grupo detém 67,26% das usinas com concessões vencendo no período. Uma posição favorável da empresa – controlada pela União – garantirá boa parte da redução tarifária desejada pela presidente Dilma.

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Diante da forte desvalorização das ações da estatal, coube ao presidente da EPE – empresa ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME) e que é responsável pelo planejamento de longo prazo do setor – reafirmar a disposição do governo de ajudar a empresa. “Não passa pela nossa cabeça não ter a Eletrobras com condições de atuar no setor elétrico”, afirmou Tolmasquim, que estava em Brasília para uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

Tolmasquim evitou antecipar eventuais medidas que a direção da Eletrobras terá de tomar para se adaptar à nova realidade pós-renovação das concessões de geração e transmissão. “Não vale a pena antecipar nada. Mas a Eletrobras terá de ter ações para se adaptar aos custos”, disse. “A Eletrobras é necessária e o governo não vai deixar ela perecer. Consideramos ela uma empresa importante. Sem dúvida alguma, o governo conta com a Eletrobras”, completou.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, indicou que a estatal pode ser compensada pelas perdas de receita – estimadas em 9 bilhões de reais por ano ao longo das próximas três décadas se a empresa aceitar as regras para renovação das concessões. O ministro, entretanto, fez questão de frisar que se o governo optar em capitalizar a empresa, isso não acontecerá por conta dos efeitos das regras impostas pelo Planalto ao setor elétrico. “Será para viabilizar novos investimentos e a expansão da empresa, como já fizemos”, disse Mantega.

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(com Estadão Conteúdo)

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