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Governo minimiza reação de países a caso de vaca louca

Para Ministério da Agricultura, respostas à identificação do agente causador da doença em animal morto em 2010 estão dentro das expectativas

Por Da Redação
14 dez 2012, 14h39

China, África do Sul e o Japão já suspenderam as compras da carne brasileira

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, disse nesta sexta-feira que estão dentro das expectativas as reações internacionais ao comunicado do governo federal sobre o caso ‘atípico’ de doença da vaca louca, ocorrido em dezembro de 2010 no Paraná. Ele afirmou estar convicto de que a China, África do Sul e o Japão, que nesta semana anunciaram a suspensão das compras de carne bovina brasileira, devem reabrir seus mercados nos próximos meses.

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Na opinião do secretário, o governo “está indo bem na batalha da comunicação”. O Ministério da Agricultura, em conjunto com a Presidência da República e o Itamaraty, está fazendo um trabalho de comunicação junto aos principais países consumidores para esclarecer que o Brasil não tem a doença da vaca louca e, assim, evitar novos embargos. O Planalto entrou em contato com seis países citados na imprensa como possíveis embargantes e obteve informações de que não haveria restrições, como o Irã, Egito e a Venezuela.

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Entretanto, Vaz não descarta que possam surgir novos embargos. “O mundo tem um número muito grande de países”, afirmou. Ele estima que o impacto sobre as exportações nacionais de carne bovina não deve ser grande porque o volume de comércio diminui nesta época do ano, e acredita que as barreiras possam ser revistas a tempo da retomada do ritmo dos negócios. “A participação do Brasil é essencial para o suprimento de carne no mercado internacional”, disse.

O secretário é taxativo ao defender que não houve caso clássico de vaca louca no Brasil. Ele lembra que a vaca de 13 anos que caiu no pasto e morreu em 24 horas no Paraná não apresentou sintomas da enfermidade, apenas era portadora da proteína responsável pela doença, que surgiu por mutação genética. Ele rebate os questionamentos sobre possíveis interesses econômicos na demora na divulgação dos resultados, argumentando que todos os procedimentos seguiram o protocolo.

Rússia – Ao que tudo indica, a intervenção da presidente Dilma Rousseff não foi suficiente para convencer Moscou a suspender o embargo à importação de carnes de três estados brasileiros, em vigor há um ano e meio. Frustrando a expectativa do setor de anúncio de um acordo, a presidente disse que as autoridades russas ainda analisam documentos e informações apresentadas por Brasília.

“Expressei a expectativa pelo pronto restabelecimento do comércio de carne suína do nosso país e do fim do embargo aos três estados brasileiros”, disse Dilma ao lado do colega russo, depois de encontro no Kremlin. Em junho de 2011, a Rússia interrompeu a compra de carne bovina, suína e de frango provenientes do Rio Grande do Sul, Paraná e de Santa Catarina.

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“Eu ficarei surpreso se o embargo não for suspenso”, disse Pedro de Camargo Neto, presidente-executivo da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs), antes do encontro entre Dilma e Putin. Mas tudo indica que a pendência relativa aos suínos foi resolvida. Os embarques do produto foram suspensos em 7 de dezembro – quando venceu o prazo dado pelos russos para o Brasil adotar um sistema de certificação para garantir que o produto destinado ao país não possui ractopamina, aditivo alimentar que reduz a gordura e aumenta a quantidade de carne nos animais.

Dilma reuniu-se com Putin no Kremlin, sede do governo russo. Os dois governos assinaram sete comunicados, que incluem cooperação na área de defesa, de realização de grandes eventos esportivos e de modernização de suas economias. Também foi assinado acordo que prevê a venda de 14 helicópteros da JSC-Russian Helicopters.

Para o secretário do Ministério da Agricultura, o recente episódio da vaca louca não deve atrapalhar os entendimentos para retirada do embargo sobre as exportações dos três estados. Ele disse que o governo enviou os relatórios sobre o caso para o serviço sanitário russo e que agora “é preciso tempo para amadurecer”.

(com Estadão Conteúdo)

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