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Governo mantém meta de inflação em 4,5% para 2018

Margem de tolerância definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 1,5 ponto porcentual, será a mesma estabelecida para 2017

Por Da Redação
30 jun 2016, 19h50

O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação de 2018 em 4,5% pelo IPCA, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos, informou o Ministério da Fazenda nesta quinta-feira. A meta é a mesma estabelecida para 2017.

O centro da meta de inflação vem sendo mantido em 4,5% desde 2005, quando a margem de tolerância era maior, de 2,5 pontos porcentuais. A margem de 2 pontos passou a valer em 2006, mas, no ano passado, o CMN estabeleceu para 2017 uma banda mais estreita, de 1,5 ponto.

“Membros do Conselho avaliaram a conjuntura doméstica e externa e há de fato muita incerteza no ambiente econômico atualmente. Chegaram à conclusão de que era oportuno manter a meta em 4,5%, com 1,5 ponto de tolerância”, afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton. Em coletiva de imprensa, ele acrescentou que, diante do cenário, os membros avaliariam que “seria oportuno focar em convergir a inflação para a meta”.

Segundo Hamilton, a decisão foi unânime e não houve debate sobre a fixação de uma meta menor de inflação para 2018. Uma importante fonte da equipe econômica disse à agência Reuters que a alternativa chegou a ser discutida, mas prevaleceu a leitura de que a economia segue fraca e que, diante disso, seria melhor dar foco à entrega de resultados.

O cenário no país ainda é de inflação muito elevada. Esse quadro tira espaço para que o governo reduza suas metas futuras, como a de inflação.

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Na avaliação do economista-chefe da Haitong Securities do Brasil, Jankiel Santos, a investida do CMN foi a decisão mais acertada, considerando o não cumprimento da meta de inflação em anos passados e a complexidade do panorama atual, com indefinições fiscais e incertezas no cenário externo.

“Você tem ainda o benefício de poder no meio de 2017 retificar a meta para 2018”, afirmou. “Acho estratégia mais adequada do que sinalizar meta de 4% para 2018 e chegar no ano que vem e ter que mudar.”

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A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, também avaliou que a decisão tomada “era a única possível”, já que hoje o controle da inflação não depende apenas do Banco Central, mas de medidas efetivas para o reequilíbrio das contas públicas.

“Quando tivermos inflação na meta, expectativas realmente ancoradas, mostrando que não existe um sacrifício em reduzir a meta, aí poderemos mudar”, afirmou.

Nesta semana, o BC elevou sua projeção de inflação para este ano, mas seu presidente, Ilan Goldfajn, afirmou que a levará para o centro da meta em 2017 e que, neste cenário, era preciso reduzir juros de “forma responsável”. A Selic está em 14,25% ao ano, uma das maiores do mundo, desde julho passado.

Pesquisa Focus mais recente do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostra que a projeção é de que o IPCA feche este ano em 7,29% – estourando a meta oficial – e 5,50% em 2017.

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(Com Reuters)

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