Governo cria estatal para administrar programa nuclear
Amazul promoverá, desenvolverá e manterá tecnologias necessárias às atividades nucleares da Marinha do Brasil e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB)
A Amazul nasce da divisão da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron)
O governo federal decretou, nesta segunda-feira, a criação da empresa pública Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul). Vinculada ao Ministério da Defesa por meio do Comando da Marinha, a empresa tem por objetivo promover, desenvolver e manter tecnologias necessárias às atividades nucleares da Marinha do Brasil e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB). Uma das tarefas da nova companhia é desenvolver um propulsor de submarino movido a energia nuclear.
A Amazul nasce da divisão da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Com isso, o quadro inicial de pessoal da Amazul será composto pelos atuais funcionários da Emgepron e pela contratação de novos servidores por concurso público.
A nova estatal, que terá sede em São Paulo e organização “sob forma de sociedade anônima, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio”, será constituída pela Assembleia Geral de Acionistas, a ser convocada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
O Brasil está investindo mais em usinas nucleares. Em 2012, as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 bateram um novo recorde de geração, totalizando 16.040.790,5 megawatts-hora (MWh), segundo dados da Eletronuclear. Um volume de energia suficiente para suprir as necessidades das cidades de Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre durante um ano.
Além disso, no fim do ano passado, a Eletrobras informou que assinou um contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal no valor de 3,8 bilhões de reais para a aquisição de máquinas, equipamentos importados e contratação de serviços também importados para a construção da Usina Termonuclear Angra 3, de responsabilidade da Eletronuclear.
(com Estadão Conteúdo)