Gol tem prejuízo de R$ 41,4 mi no primeiro trimestre
Companhia culpa alta nos custos operacionais pelo mau resultado
A Gol registrou prejuízo líquido de 41,4 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, ante lucro líquido de 69,4 milhões de reais apurado no mesmo período do ano passado. O Ebitdar (lucro operacional antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações somado ao valor dos custos operacionais com arrendamento mercantil de aeronaves e com arrendamento suplementar de aeronaves) foi de 267,9 milhões de reais, o que representou uma queda de 24,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2011. A receita líquida totalizou 2,166 bilhões de reais, 14,3% superior à registrada entre janeiro e março do ano passado. Os números foram divulgados pela companhia nesta sexta-feira.
De acordo com comunicado da empresa, o resultado foi prejudicado por um cenário de pressão nos custos operacionais, notadamente o custo de combustível, queda do real frente ao dólar e despesas com tarifas aeroportuárias nos principais aeroportos do Brasil. “Adicionalmente, o resultado do período foi impactado pelas despesas com resultado financeiro de 23,2 milhões de reais e 25,5 milhões de reais de imposto de renda”, afirmou a aérea.
A companhia afirmou que vem tomando medidas para diminuir seus custos e despesas operacionais, que cresceram 22,6% na comparação anual, para 2,158 bilhões de reais. O custo operacional por assento disponível por quilômetro (cask) total avançou 6,6% no primeiro trimestre, pressionado por maiores despesas com combustível e lubrificantes e com tarifas de pouso e decolagem.
Em março, foi anunciada uma racionalização inicial de cerca de 100 voos, entre Gol e Webjet, ao passo que a companhia aérea busca uma redução de 2% na oferta doméstica neste ano sobre 2011. “Essas medidas estão em linha com os objetivos da Gol na busca permanente em focar cada vez mais em eficiência, competitividade e rentabilidade”, informou comunicado.
Os resultados do primeiro trimestre incoporam na totalidade os resultados da Webjet, adquirida pela Gol no ano passado.
(Com agências Estado e Reuters)