GM e sindicato fecham acordo para evitar demissão
Após nove horas de reunião, montadora decide suspender 940 funcionários por 4 meses e abrir novo programa de demissão voluntária em São José dos Campos
Sindicato realizará assembleia nesta terça-feira para que o acordo seja aprovado pelos trabalhadores. Só a partir da aceitação, as medidas serão colocadas em prática.
A General Motors do Brasil colocará 940 funcionários em suspensão temporária (lay-off) por quase quatro meses e abrirá novo programa de demissão voluntária para tentar reduzir o quadro de empregados da fábrica de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.
A empresa informa ter 1.840 funcionários excedentes no complexo que emprega 7 500 mil trabalhadores. A montadora também manterá por quatro meses a produção atual do modelo Classic, que estava ameaçado de sair de linha, como ocorreu no mês passado com Corsa, Meriva e Zafira. O risco de corte, até o fim do ano, permanece.
Adiamento – “Afastamos o perigo imediato da demissão em massa e vamos continuar brigando para manter todos os postos”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros. A companhia ameaçava demitir entre 1 500 e 2 000 funcionários.
O acordo entre as partes foi assinado após reunião que durou 9 horas. Participaram também o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Manoel Messias de Melo; o secretário do Trabalho do Estado, Carlos Ortiz; e o prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB).
O diretor de relações institucionais da GM, Luiz Moan, afirmou que, em quatro meses, o Classic deixará de ser produzido na unidade e até lá somente 900 metalúrgicos serão necessários na linha de montagem chamada de MVA. Ele acrescentou que existe a possibilidade de a fábrica do Vale do Paraíba ser incluída em um novo programa de investimentos, mas vai depender das negociações nos próximos dois meses com o sindicato. “Queremos discutir banco de horas, redução de salários e jornada flexível”, citou.
Assembleia – O sindicato realizará assembleia na terça-feira para que o acordo seja aprovado pelos trabalhadores. Só a partir da aceitação, as medidas serão colocadas em prática.
(com Agência Estado)