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GM admite que atuou de forma ‘inaceitável’ ao ocultar defeito

Montadora demitiu 15 altos executivos por incompetência e negligência na condução do caso que provocou milhões de recalls e gastos bilionários à empresa

Por Da Redação
6 jun 2014, 00h05

A General Motors (GM) afirmou que atuou de forma ‘inaceitável’, com ‘incompetência e negligência’, quando seus funcionários ocultaram durante anos um defeito no sistema de ignição de milhões de seus veículos. Por esse motivo, 15 altos executivos foram demitidos pela montadora.

A executiva-chefe da GM, Mary Barra, acompanhada pelo presidente da companhia, Dan Ammann, e pelo vice-presidente executivo, Mark Reuss, divulgou os resultados de um relatório sobre as ações da montadora. Barra reconheceu que o relatório encarregado a um ex-procurador-geral é ‘exaustivo, brutalmente duro e profundamente preocupante’.

“Para aqueles que dedicaram suas vidas a esta companhia, é muito doloroso ver expostas nossas deficiências de forma tão vívida. O relatório me deixou entristecida e muito transtornada”, comentou Barra.

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Segundo o relatório de 315 páginas preparado por Anton Valukas após entrevistar 230 funcionários da GM e revisar milhões de documentos, “durante mais de uma década, o pessoal da GM falhou em buscar, compartilhar ou coletar conhecimento, e esse fracasso teve graves consequências”.

Barra, que trabalha para a GM desde que tinha 18 anos, mas que comanda a empresa desde 15 de janeiro deste ano, declarou que a montadora aprendeu com o erro e que iniciou as medidas para que ‘a crise’ pelo defeito do sistema de ignição “não se repita”. Para começar, ela aceitou a responsabilidade da empresa em um defeito que provocou pelo menos 13 mortes na América do Norte, 47 acidentes e a convocação para recall de 2,6 milhões de veículos, o que inicialmente custará 1,3 bilhão de dólares à GM.

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O relatório também apontou que não há nenhum indício que os mais altos diretores da General Motors tivessem conhecimento da existência do defeito ou que as mais altas esferas, inclusive Barra, conspirassem para ocultar o problema. A primeira consequência do relatório, que Valukas entregou a Barra nessa segunda-feira, foi a demissão de 15 funcionários e medidas disciplinares contra outros seis envolvidos com o episódio.

Barra se negou a dar os nomes dos responsáveis e se limitou a dizer que eram pessoas em níveis executivos. “Estamos aceitando a responsabilidade pelo que aconteceu tomando medidas para tratar essas vítimas e sua famílias com compensação, decência e justiça”, concluiu a executiva-chefe.

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(Com agência EFE)

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