Gilberto Carvalho: ‘não precisamos de nenhum conselho do FMI’
Segundo ministro-chefe, práticas brasileiras são 'consequentes' e dispensam aconselhamento do Fundo
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, rechaçou nesta quinta-feira as críticas feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Em relatório divulgado na quarta-feira (23), o fundo teceu críticas e sugeriu mudanças na política fiscal brasileira. “O governo tem praticado uma política fiscal muito responsável e acho que nós não estamos precisando de nenhum conselho”, disse Carvalho.
Segundo Carvalho, as práticas brasileiras têm sido bastante consequentes. “Estamos cuidando para que nossas políticas econômicas não penalizem aqueles que em outros países, por recomendação do FMI, foram penalizados, que são os trabalhadores”, afirmou.
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Para o ministro, o país tem atravessado o atual momento da economia internacional “em condições bastante razoáveis”. “Portanto, acho que não cabe nenhuma recomendação. Sem comprar briga, com muita tranquilidade, dizemos que ‘vamos bem obrigado'”, afirmou.
No relatório, o FMI diz que o Brasil deve buscar um superávit fiscal de 3,1% e eliminar ajustes que afetam seus resultados. O objetivo é reforçar a confiança nas contas públicas, amenizar a pressão sobre a política monetária no combate à inflação e reduzir o tamanho da dívida bruta como proporção do PIB.
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Dilma – Questionada sobre o mesmo assunto, a presidente Dilma Rousseff evitou fazer comentários. “Você acha mesmo que eu vou responder a isso? Eu tenho de atender às pessoas”, afirmou a presidente, referindo-se aos prefeitos que lotaram o Palácio do Planalto, pela manhã, para cerimônia de anúncio de investimentos em pavimentação e saneamento do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).
(Com Estadão Conteúdo)