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Gastos públicos crescem no governo Lula. Mas saúde e educação são os setores menos beneficiados

Apenas 2% do aumento das despesas foi destinado à saúde, segundo jornal

Por Da Redação
22 nov 2010, 09h18

Em 2010, as despesas do governo já atingiram o maior nível em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) desde o início do governo Lula. E uma análise dos oito anos de gestão do presidente mostra que os gastos públicos têm crescido cada vez mais desde que Lula assumiu, em 2003. Setores importantes como educação e saúde, porém, não receberam investimentos proporcionais ao aumento das despesas do governo.

Como mostra reportagem desta segunda-feira do jornal O Globo, enquanto as despesas correntes aumentaram 2,47 pontos porcentuais em relação ao PIB entre 2003 e 2010, apenas 2% dessa alta foi destinada à saúde e 8% à educação. O levantamento foi feito pela Consultoria de Orçamento da Câmara, com base em informações do Sistema Financeiro de Administração Financeira (Siafi).

Para se ter uma ideia, os gastos com Legislativo, Judiciário e Ministério Público aumentaram 30% nos últimos oito anos, passando de 0,16% do PIB para 0,21%. Já as despesas com pessoal passaram de 4,51% do PIB em 2003 para 4,58% em 2010, ou seja, uma diferença equivalente a 11% do aumento total dos gastos no período.

O levantamento mostra, ainda, que as despesas com a Previdência Social e demais benefícios relativos ao salário mínimo passaram de 7,22% do PIB em 2003 para 8,59% em 2010. Enquanto isso, os gastos com a saúde subiram apenas 0,05 ponto porcentual no período, passando de 1,35% do PIB para 1,40%. Somando-se as despesas totais do Ministério da Saúde, incluindo pessoal e investimentos, os gastos passaram de 1,80% para 1,97% do PIB.

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No setor de educação, os gastos passaram de 0,42% do PIB para 0,62% nos últimos oito anos. O aumento de 0,20 ponto porcentual representa 8% do total de aumento dos gastos correntes.

Vale lembrar que no governo Lula a arrecadação de impostos cresceu – e tem batido seguidos recordes. Para se ter uma ideia, a arrecadação tributária passou de 361 bilhões de reais em 2000 para 1,2 trilhões de reais em 2010 (segundo projeções do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Os gastos do governo central também evoluíram, atingindo o recorde de 730 bilhões de reais em despesas totais em 2009 – valor que corresponde a 66% da arrecadação do país naquele ano. Nos anos anteriores, o índice girava em torno de 61% – número que já era considerado alto por economistas.

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