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Gastos do INSS devem aumentar para 13,2% do PIB em 2050

Resultado deve pressionar ainda mais rombo da Previdência Social por causa do crescimento da população com mais de 60 anos

Por Da Redação
17 nov 2014, 12h21

Os gastos do INSS devem praticamente dobrar, de 7,5% do PIB em 2014 para 13,2% do PIB em 2050. É o que mostra o livro “Novo regime demográfico. Uma nova relação entre população e desenvolvimento?”, que será lançado na terça-feira, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A estimativa deve pressionar ainda mais a conta da Previdência Social, que acumula um rombo de mais de 40 bilhões de reais no ano, principalmente por causa do crescimento da parcela da população com mais de 60 anos. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira pelo jornal O Globo.

Especialistas também apontam outros motivos que colaboram para o rombo da Previdência como o aumento real do salário mínimo acima da inflação, a ausência de idade mínima que trabalhadores do setor privado possam aposentar e o pagamento de pensão por morte. Especialistas chamam atenção para a importância de mudança no regulamento do pagamento de pensão por morte, já que há pessoas que recebem dois benefícios – aposentadoria própria e aposentadoria do cônjuge.

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Além disso, outro problema é o valor das pensões, que corresponde a 100% da aposentaria que era recebida pelo cônjuge. “Com o país envelhecendo nessa velocidade, não há como sustentar uma previdência com essa cobertura e pensões de 100% do benefício, quando no mundo todo é de 70% ou 50%. Em termos proporcionais, a Previdência brasileira é uma das que paga mias no mundo”, diz o especialista em Previdência do Ipea e autor de um dos três capítulos do livro, Marcelo Caetano, em entrevista ao jornal O Globo.

O pesquisador do Ipea e coautor de um dos textos do livro, Paulo Tafner, afirma que outro problema é o aumento do número de homens que se casam com mulheres mais novas. “O tempo de pagamento quase dobrou, e o Brasil não tem deságio para a diferença de idade”. Tafner explica que para evitar que idosos se casem apenas para deixar pensão para uma pessoa, a Suécia e alguns países da Ásia reduziram o valor do benefício para cônjuges com diferença de idade superior a 15 anos. A Argentina, por exemplo, exige um tempo mínimo de casamento. Outros países somente pagam pensão em caso de filhos menores até que eles atinjam a maioridade.

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