Gasto de brasileiro no exterior cai 10% em julho

Apesar da desaceleração, acumulado do ano continua recorde, em 12,7 bilhões de dólares

Por Da Redação
23 ago 2012, 12h18

Brasileiros com sacolas de compras em Orlando, nos Estados Unidos (Bia Parreiras/VEJA)

Os brasileiros gastaram 2,01 bilhões de dólares no exterior em julho – uma queda de 10,1% em relação ao mesmo mês de 2011, quando os gastos ficaram em 2,23 bilhões de dólares, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira.

Trata-se do segundo mês consecutivo em que os gastos mostram algum recuo em relação a 2011. Mesmo com o dólar em trajetória de alta desde o segundo semestre do ano passado, quando começou a ser cotado em cerca de 2 reais, a valorização demorou a ter efeito sobre os gastos de brasileiros com viagens. No primeiro semestre do ano, brasileiros registraram recorde de gastos no exterior – com 10,7 bilhões de dólares.

Nos primeiros sete meses deste ano, as despesas no exterior somaram 12,71 bilhões de dólares – também recorde histórico para o período -, mas com pequeno crescimento frente ao ano passado (12,47 bilhões de dólares).

Já os turistas estrangeiros deixaram 546 milhões de dólares no país em julho – alta de 14,7% em relação a julho de 2012. No acumulado do ano, os gastos somaram 4,017 bilhões de dólares, alta de 7,14% na comparação anual.

Dívida externa – A dívida externa total brasileira alcançou em julho 308,418 bilhões de dólares, conforme estimativa divulgada BC. O valor é superior à última posição consolidada da dívida, referente a março, de 301,176 bilhões de dólares.

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Segundo o BC, em julho, a maior fatia da dívida estava em compromissos de longo prazo, parcela que somava 268,625 bilhões de dólares. Já as dívidas de curto prazo somavam 39,792 bilhões de dólares.

IED – Quanto ao Investimento Estrangeiro Direto (IED) de 8,421 bilhões de dólares em julho, o resultado é o terceiro maior da série histórica segundo dados disponibilizados pela instituição a partir de 1995. Destacaram-se no mês passado investimentos em participação no capital de 3,198 bilhões de dólares na área de serviços financeiros e atividades auxiliares e de 1,154 bilhão de dólares em empresas de produtos alimentícios.

Em relação à origem dos recursos, 3,428 bilhões de dólares vieram da Suíça e 1,465 bilhão de dólares da Holanda. O resultado do mês passado está abaixo apenas dos 15,374 bilhões de dólares de dezembro de 2010 e dos 10,318 bilhões de dólares de junho de 2007, de acordo com a série histórica disponível na internet com início em janeiro de 1995.

(Com Agência Estado)