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G20: ‘Trabalho para recuperar a economia está incompleto’

Em relatório final do encontro, grupo mostra que as preocupações econômicas estão concentradas no impacto que o fim dos estímulos dos EUA terá nos países emergentes, especialmente no Brasil e na Índia

Por Da Redação
6 set 2013, 10h41

O G20, grupo formado pelas vinte maiores economias globais, afirmou nesta sexta-feira que o trabalho para colocar a economia mundial no caminho da recuperação não está completo e destacou que a volatilidade em fluxos de capital é um risco para o crescimento dos mercados emergentes.

O documentou indica que a recuperação da economia global está “muito fraca” e pode perder força, por isso eles prometeram adotar “ações decisivas” para impulsionar a atividade e criar empregos. O grupo também endossou um plano da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) para reduzir a evasão tributária e incentivar investimentos privados em projetos de infraestrutura.

No comunicado resultante do encontro, realizado em São Petersburgo, na Rússia, os comentários sobre a economia mundial ficaram praticamente em linha com os que foram divulgados após encontro de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais em julho em Moscou. Contudo, o texto não fez menção à crise na Síria, que foi discutida por líderes do G20 no encontro de São Petersburgo.

As exigências, lideradas pela Alemanha, de metas obrigatórias para ampliar os objetivos de redução de dívida, definidas em cúpula sediada pelo Canadá em 2010, ficaram para trás. O foco agora mudou firmemente para a promoção do crescimento. “Estratégias fiscais de médio prazo (…) serão implementadas de forma flexível para levar em conta as condições econômicas de curto prazo, de modo a apoiar o crescimento econômico e a criação de emprego, ao mesmo tempo colocando a dívida como proporção do PIB em um caminho sustentável”, destaca o comunicado da reunião.

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Entre as novidades do documento estão iniciativas de crescimento propostas pela Austrália, que assume a presidência do G20 no próximo ano, uma proposta alemã de endurecer a regulação do chamado “sistema bancário sem regulação” e a ampliação do prazo para o controle do protecionismo comercial.

“Em comparação com o início da presidência russa, definitivamente houve uma mudança na avaliação, e isso está refletido no comunicado dos líderes”, disse Andrei Bokarev, chefe do departamento de Relações Internacionais do Ministério das Finanças. “Mas definitivamente é cedo demais para dizer que a crise foi superada e que será fácil a partir de agora.”

Potências emergentes e desenvolvidas do G20 tiveram dificuldades para encontrar um ponto comum em relação aos problemas provocados pela perspectiva dos Estados Unidos reduzirem seus estímulos. Ainda assim, conseguiram produzir um documento “equilibrado”, disse Bokarev.

Emergentes – O G20, que se uniu em resposta à crise global de 2009, agora enfrenta uma economia dos EUA que avança, com os países em desenvolvimento enfrentando problemas devido à perspectiva de redução do estímulo monetário pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).

Pela primeira vez em pelo menos três anos, os líderes europeus se viram fora do foco econômico na cúpula do G20, com os problemas dos países emergentes chamando a atenção. Nas reuniões anteriores em Los Cabos, Cannes, Seul e Toronto, desde 2010, o topo da agenda vinha sendo a crise de dívida da Europa e seu impacto nos mercados financeiros, no comércio e na economia global.

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Em vez disso, são os mercados emergentes, e particularmente a incerteza na Índia e no Brasil, que têm sido o principal tema de discussão econômica em São Petersburgo. “Quero dizer, nesse G20 não fomos mais o foco de atenção”, disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, com um sentimento de alívio. “Pelo contrário, as palavras que recebemos foram palavras de apreciação sincera por nossos esforços, reconhecendo que eles estão começando a dar frutos”, acrescentou.

Mas o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, deixou claro na quinta-feira de que a recuperação europeia está, na melhor das hipóteses, em fase inicial e que levará algum tempo antes que se possa concluir que ela é sustentável.

(com agência Reuters)

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