Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

G20 concorda em aliviar metas de redução de dívida dos países

Comunicado do encontro do grupo em Washington não especificou o teor da redução, mas afirmou que metas serão mais flexíveis

Por Da Redação
19 abr 2013, 16h27

As autoridades financeiras do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo, disseram nesta sexta-feira, em Washington, que concordam que não é mais necessário estabelecer metas rígidas para a redução dos níveis das dívidas dos países em crise – e disseram que estão atentos para os efeitos negativos dos estímulo monetários lançados por países desenvolvidos, como Estados Unidos e Japão.

O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, disse em coletiva de imprensa que autoridades do G20 acreditam que redução do nível geral de dívida dos países europeus é mais importante do que dados específicos de endividamento. “Acertamos que esses serão parâmetros mais flexíveis, com objetivos e metas estratégicas que possam ser alteradas ou ajustadas, dependendo das situações específicas das economias em questão”, disse ele.

Em um comunicado divulgado após a reunião de dois dias, o grupo de países do G20 disse que estará “atento” a possíveis consequências de estímulos monetários de duração extensa. O documento reconheceu que bancos centrais têm inundado suas economias com recursos baratos para tentar impulsionar o crédito e o consumo, mas isso criou temores sobre fluxos excessivos de capital, particularmente direcionados a nações emergentes. Siluanov disse que é necessário intensificar o monitoramento das consequências do programa japonês de estímulos de 1,4 trilhão de dólares anunciado mais cedo neste ano.

Leia também:

Mantega vê risco de crise internacional prolongada apesar de esforços

Continua após a publicidade

G20 deve debater níveis de dívida de membros

As reuniões do G20 foram dominadas por discussões sobre a problemática zona do euro, disse Siluanov, onde fortes medidas de austeridade fracassaram em afastar a região do torpor econômico. A natureza da discussão preocupou algumas autoridades de outros países. “Deveria ser uma reunião do G20, mas por um momento achei que fosse uma reunião do G7. Tudo que ouvimos foi quão doente está a Europa e como muitos países do mundo foram bastante afetados por isso”, disse o ministro das Finanças da Índia, P. Chidambaram. “Eles têm uma política monetária muito acomodativa. Eles estão fazendo todo o necessário para salvar economias que parecem estar caindo uma após a outra.”

Metas flexíveis – Houve certo desacordo sobre a necessidade de metas específicas para reduzir a dívida. Os Estados Unidos e o Japão não se comprometeram com um nível-alvo de dívida sobre Produto Interno Bruto (PIB). A Rússia –que preside o G20 neste ano — esperava assegurar um acordo sobre metas até a próxima reunião do G20 em São Petersburgo, em setembro.

As maiores economias do mundo estão repensando o ímpeto de austeridade, que foi dominante nos últimos anos. O argumento a favor de austeridade foi golpeado pela fraqueza das economias que implementaram medidas severas para reduzir os déficits fiscais, incluindo a Grã-Bretanha, que caminha para sua terceira recessão nos últimos cinco anos.

Continua após a publicidade

A Fitch reduziu o rating de crédito da Grã-Bretanha na sexta-feira para “AA+”, citando expectativas de que a dívida geral do governo vai aumentar para 101% do PIB até 2015-2016 devido a fraco crescimento econômico. Siluanov também disse que é necessária maior coordenação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para questões de liquidez global.

Ministros do G20 solicitaram que o Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) supervisione o trabalho de reformulação das taxas de juros referenciais de curto prazo, como a Libor, após o escândalo de manipulação da taxa.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.