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Fundos abutres já rondam a dívida da OGX

Alta liquidez nas compras de vendas de títulos de dívida da petroleira pode significar entrada de fundos que compram papéis problemáticos

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2016, 13h23 - Publicado em 4 jul 2013, 12h27

Investidores estrangeiros já começam a se posicionar esperando uma eventual reestruturação da dívida da OGX, braço de petróleo da EBX. Analistas acreditam que a empresa não estará apta a cumprir todos os seus compromissos, mesmo se colocar à venda alguns de seus ativos ou exercer a opção de put, ou seja, se houver uma injeção de capital de 1 bilhão de dólares de Eike Batista, controlador da companhia. Especula-se que a dívida da companhia seja de cerca de 3,6 bilhões de dólares em títulos com vencimento em 2018 e 2022.

Além dos bônus estarem sendo negociados em níveis de preço que já embutem uma possível reestruturação de dívida, a liquidez tem aumentado considerad nas pontas de compra e de venda, indicando a presença de fundos especializados em papéis que estão prestes a serem reestruturados, os chamados �fundos abutres�. Esses fundos começam a comprar papéis até ficaram com a maior participação (25% dos papéis no mercado) em uma situação de reestruturação, que pode envolver processos judiciais�, explicou a operadora sênior de dívida do Credit Agricole Securities, Juliana Moreira.

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Para muitos analistas, a incapacidade de gerar caixa somada aos vencimentos previstos deixam poucas alternativas para a empresa e o caminho da reestruturação da dívida é muito provável. �”A questão é matemática, a conta não fecha”�, disse Juliana, do Credit Agricole. A percepção é que a empresa, mesmo se contar com uma injeção imediata de capital, pode não gerar caixa suficiente a partir do próximo ano para honrar suas dívidas.

O banco Barclays disse em nota a clientes que o anúncio feito pela OGX sobre a desistência de alguns de seus campos traz incertezas quanto a �viabilidade� da companhia no curto e no longo prazo e que o pagamento imediato de 449 milhões de dólares para a OSX deixa a empresa com menos de um trimestre de caixa.

Para o Deutsche Bank, a reestruturação da dívida não deve ser descartada, ainda mais porque o exercício da put (subscrição de até 1 bilhão de dólares em novas ações da companhia) é desvantajosa para seu controlador. Diante da forte depreciação das ações, Eike poderia perder o equivalente a 2 bilhões de reais caso fizesse a injeção. O banco estima em 4 bilhões de dólares as dívidas da empresa, incluindo bônus externos, emissão de debêntures e crédito contratado com instituição financeira estrangeira.

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Também em documento a clientes, o JPMorgan estimou que a OGX necessita de uma injeção mínima de capital de 700 milhões de dólares para garantir a operação até meados de 2014. No entanto, o banco disse que essa injeção pode dar um fôlego para a empresa no curto prazo, mas não cobre o vencimento dos bônus de US$ 2,6 bilhões em 2018.

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(com Estadão Conteúdo)

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