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Funcionários da Mercedes-Benz entram em greve no ABC

Montadora anunciou que demitirá 500 trabalhadores com contratos suspensos no início de maio devido à queda na venda de veículos comerciais

Por Da Redação
23 abr 2015, 11h43

Funcionários da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira. A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC após a empresa comunicar que demitirá 500 trabalhadores no dia 4 de maio. Segundo a companhia, eles fazem parte dos 750 trabalhadores que estão com os contratos suspensos, ou seja, em “lay off”, há quase um ano.

De acordo com o sindicato, a fábrica está totalmente paralisada com os seus 10.000 funcionários de braços cruzados. A Mercedes confirmou a paralisação e explicou que as demissões ocorreram por causa da queda na venda de veículos comerciais no mercado brasileiro e nas exportações, com o aumento de estoques na fábrica e nas concessionárias. “Essa medida é necessária para a empresa tentar gerenciar o excedente em sua fábrica, que, além de os 750, tem outras 1.200 pessoas excedentes”, informou, em nota, a empresa.

A montadora também afirmou que a ociosidade produtiva está acima de 40% na unidade de São Bernardo do Campo, e que, diante deste cenário, é preciso “adotar novas medidas e soluções mais definitivas para continuar a gerenciar o excedente de pessoas na fábrica”. A Mercedes-Benz mantém até o dia 27 de abril o Programa de Demissão Voluntária (PDV), com valor médio de nove salários. “Isso significa assegurar a renda desses colaboradores, hoje em ‘lay-off’, até o início de 2016, totalizando mais de vinte meses de renda sem atividade de trabalho”, diz a empresa.

O sindicato dos metalúrgicos informou que negociou por dois meses a manutenção dos empregos dos trabalhadores em lay-off e que agora aguarda uma posição da Mercedes para tratar da greve. “É importante ter inteligência, discutir e buscar alternativas até a exaustão. Sabemos que a economia é um ciclo e já teve ano em que trabalhamos aos sábados, um mês a mais no ano, para a empresa mandar os lucros para a matriz na Alemanha”, disse o presidente do sindicato, Rafael Marques.

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Na noite desta quarta-feira, o Ministério do Trabalho e Emprego informou que vai intervir na situação para negociar um acordo entre o sindicato e a empresa. Por meio de sua assessoria, o ministro da pasta, Manoel Dias, afirmou que recebeu em mãos um ofício assinado pelos metalúrgicos e já pediu o agendamento de uma reunião para tratar do tema.

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(Com Estadão Conteúdo)

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