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FT: ‘Governo estimulou consumidores brasileiros a gastarem tudo’

Segundo o jornal britânico, em vez de aproveitar os últimos anos de crescimento da demanda chinesa para ampliar investimentos, país optou por estimular o consumo

Por Da Redação
25 set 2014, 17h08

Esqueça a estagflação. Agora, o Brasil vive um período chamado “estagno-espremida”. A expressão foi criada por um leitor do jornal britânico Financial Times (FT). Segundo ele, com o crescimento zero e preços mais caros ao consumidor, “espreme-se o máximo de suco das frutas que existem, já que não há perspectivas de colher mais”. De acordo com o jornal, um sintoma de que isso está ocorrendo no país é a decisão do governo de sacar 3,5 bilhões de reais do Fundo Soberano Nacional para inchar o superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida pública).

Recorrer ao fundo neste momento pode criar um “precedente perigoso” para o governo, diz o jornal. “Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, podem atribuir a desaceleração do Brasil à economia global, mas quase todo mundo sabe que os problemas do país são em grande parte culpa do próprio governo”, diz o FT. “Em vez de aproveitar os últimos anos de crescimento da demanda chinesa e do baixo custo do dinheiro global para ampliar investimentos, o governo incentivou os consumidores brasileiros gastar tudo.”

Em referência ao cenário eleitoral, o FT destaca as críticas da oposição à candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). A publicação lembra que Marina Silva, do PSB, diz que o governo “coloca em risco a estabilidade e o crescimento do país”, enquanto Aécio Neves, do PSDB, fala que o governo demoniza o setor privado e espanta o investimento.

O jornal pondera, no entanto, o governo não comete irregularidades ao recorrer ao fundo. O FT ressalta que o fundo foi criado em 2008 com o objetivo de “mitigar os efeitos dos ciclos econômicos”. “Dilma Rousseff está certa quando diz que o fundo é para ‘dias chuvosos’ e, no momento, está chovendo”, diz. O FT ainda diz que o governo desenvolveu uma contabilidade “cada vez mais duvidosa” para o cumprimento do superávit primário, postergando para o ano que vem despesas

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