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FT critica ‘jeitinho’ brasileiro na política fiscal

Jornal britânico ironiza forma como o governo lançou mão de artifícios para cumprir a meta de superávit primário

Por Da Redação
16 jan 2013, 18h58

O Brasil tem sido alvo de inúmeras – e merecidas – críticas nos textos do jornal ‘Financial Times’. A mais recente é uma em que o correspondente do FT no Brasil ironiza a forma como o governo – em especial o Tesouro Nacional – lançou mão de artifícios pouco confiáveis para cumprir (ou fingir que cumpriu) a meta de superávit fiscal, que equivale a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

O artigo começa descrevendo o “jeitinho” brasileiro – expressão usada para descrever um clichê do Brasil: as artimanhas usadas por algumas pessoas para conseguirem o que desejam por meio de caminhos nem sempre convencionais – alguns até mesmo ilegais. O jornal afirma que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o Banco Central têm se tornado “profissionais” no “jeitinho”.

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O FT não faz acusações diretas ao governo, mas deixa no ar o sabor da dúvida sobre o que tem motivado a equipe econômica a agir de forma tão heterodoxa. O maior alvo de crítica é um assunto técnico. Segundo o FT, citando como fonte dados da Bloomberg, a taxa de juros que os bancos aplicam entre si para depósitos interbancários, conhecida como DI, está abaixo de 7% desde o final de 2012. Contudo, tal número sempre é indexado à Selic, a taxa básica de juros, que está em 7,25% desde outubro do ano passado. Assim, tal situação se configura em uma nova manobra: o BC estaria reduzindo as taxas interbancárias para estimular o mercado interno, sem que a Selic, de fato, caia.

O jornal também cita o inédito uso dos recursos do Fundo Soberano para cumprir a meta fiscal – ato chancelado e defendido por Mantega -, e o conselho dado pelo ministro ao prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP) para subsidiar o preço das passagens de ônibus municipais como forma de frear a inflação. “Mantega é quase um especialista no ‘jeitinho’. Ele passou os últimos dois anos manipulando as taxas do país como forma de gerenciar o crescimento e o câmbio”, criticou o jornal.

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