Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

FMI aponta maior risco fiscal no Brasil e recomenda reformas

Diretora argumenta que incentivar os bancos públicos a conceder empréstimos buscando estimular o mercado local de crédito aumentou o risco do país

Por Da Redação
9 out 2013, 18h58

O risco fiscal cresceu no Brasil recentemente e o governo precisa fazer uma série de reformas para aumentar a eficiência do gasto público e a expansão potencial do país, avalia a diretora do Departamento de Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Martine Guerguil, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira.

A diretora destacou que, nos últimos anos, o Brasil tem usado a política fiscal como forma de diminuir os efeitos da desaceleração da economia global na atividade econômica. O governo, segundo ela, tem adotado instrumentos diferentes e um deles foi incentivar os bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, a emprestar mais para estimular o mercado local de crédito. Na visão dela, esse foi um dos fatores que levaram o risco fiscal a aumentar no país. “À medida que o crescimento comece a se recuperar no Brasil, seria particularmente apropriado que o país levasse adiante um número de reformas fiscais”, afirmou Martine.

Leia ainda: FMI reduz estimativa de PIB do Brasil em 2014 para 2,5%

O FMI divulgou nesta quarta o relatório Monitor Fiscal, em que conclui que os países desenvolvidos reduziram suas taxas de dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos. Nos emergentes, ocorreu o oposto e o risco fiscal aumentou, com uma deterioração nas contas dos governos. “O Brasil foi certamente um dos países onde o risco fiscal cresceu recentemente”, disse a executiva.

Martine declarou ainda que o país deveria incorporar no balanço do governo os títulos do Tesouro na carteira do Banco Central. “Com isso, se teria melhor ideia dos custos e benefícios dessas políticas”, disse, referindo-se à estratégia de usar os bancos públicos para estimular o crédito. A dívida bruta do Brasil em relação ao PIB deve ficar em 68,3% este ano, prevê o FMI, número acima da média dos principais países emergentes (33,4%). Para o ano que vem, a estimativa é que o porcentual avance para 69%.

Continua após a publicidade

Leia também:

Para FMI, Brasil tem arma para lidar com fuga de capital

Brasileiros vão ao FMI em outubro para debater cálculo da dívida

(com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.