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FMI vê Brasil encolhendo mais em 2016 e estagnado em 2017

Previsão para o próximo ano é ainda mais pessimista que a da pesquisa Focus, do BC, que fala em crescimento de 0,3%; relatório do Fundo não cita impeachment

Por Da Redação
12 abr 2016, 10h36

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a piorar sua projeção de contração da economia do Brasil para este ano. Segundo a nova previsão, o Produto Interno Bruto (PIB) do país recuará 3,8% em 2016. A projeção anterior, de janeiro, era de contração de 3,5%.

Se confirmado, o resultado repetirá o desempenho da economia em 2015, que foi o pior desde 1990. Na América Latina, o quadro visto pelo FMI para o Brasil só não é pior do que as retrações de 8% e 4,5% previstas, respectivamente, para Venezuela e Equador. Para a América do Sul, a previsão é de retração de 2%; para América Latina e Caribe, de 0,5%.

O Fundo alertou que as estimativas para o Brasil estão sujeitas a grandes incertezas, destacando a necessidade de uma política monetária apertada para levar a inflação à meta até 2017. “(…) a recessão (no Brasil) afeta o emprego e a receita real”, disse o FMI no relatório World Economic Outlook, divulgado nesta terça-feira. “As incertezas domésticas continuam pressionando a capacidade do governo de formular e executar políticas.”

Para 2017, o organismo considera que muitos dos choques de 2015 e 2016 terão chegado ao fim. o que permitirá que, com um real mais desvalorizado, a atividade econômica no país comece a dar uma guinada positiva. Ainda assim, o PIB ficará estagnado, acredita o Fundo.

“Essas projeções estão sujeitas a grande incerteza”, alertou o FMI, sem dar mais detalhes. O desempenho da economia brasileira ajuda a pressionar as estimativas para o crescimento global, que foram reduzidas respectivamente em 0,2 e 0,1 ponto porcentual para 2016 e 2017 em relação a janeiro, para expansão de 3,2% e 3,5%.

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A contração esperada pelo FMI para o Brasil em 2016 está em linha com a previsão feita por economistas consultados na pesquisa Focus, do Banco Central, mas o desempenho previsto para 2017 é um pouco mais pessimista. Segundo a versão mais recente da pesquisa realizada semanalmente pelo BC com uma centena de economistas, a previsão para 2017 é de leve crescimento, de 0,3%.

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Sem falar de impeachment – Para o FMI, o governo brasileiro deveria perseverar com seus esforços de consolidação fiscal para alimentar reviravolta na confiança e nos investimentos. A despeito do comentário, o Fundo não mencionou o cenário político do país – e o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff – em seu relatório.

Medidas tributárias são necessárias no curto prazo, já que a margem de manobra para cortes de gastos discricionários é seriamente limitada, segundo o FMI. “O desafio mais importante é lidar com a rigidez e mandatos insustentáveis do lado dos gastos”, diz o documento.

No relatório, o Fundo ainda projetou inflação ao consumidor no Brasil de 8,7% em 2016 e de 6,1% no ano seguinte. Em ambos os casos, o índice de preços ficaria acima do teto da meta do governo, de 4,5%, com tolerância para chegar a 6,5% em 2016 e 6% no próximo ano. Segundo o relatório, levar a inflação para o centro da meta até 2017 exigirá uma política monetária apertada.

Para o desemprego, a projeção do FMI para este ano é de 9,2%, subindo a 10,2% em 2017. Já o déficit em conta corrente foi estimado em 2% e 1,5% do PIB, respectivamente.

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(Com Reuters)

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