FMI sugere corte de juros na zona do euro
Para Christine Lagarde, manutenção dos juros pelo BCE em 0,75% ao ano é insuficiente para estimular a economia europeia
A zona do euro pode precisar de inflação mais alta em países como a Alemanha, e taxas de juros mais baixas no bloco, para garantir que uma recuperação econômica sustentável traga benefícios palpáveis, disse Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta sexta-feira.
Falando durante uma visita à Irlanda, que está sob resgate financeiro, Lagarde afirmou que, embora a Europa tenha passado por um longo caminho desde o último verão e as ansiedades financeiras tenham se atenuado, é preciso ser feito mais para lidar com questões “tristemente familiares”.
Repetindo um pedido em janeiro para o Banco Central Europeu (BCE) manter sua política monetária frouxa, a ex-ministra das Finanças da França disse que há espaço para mais cortes, após Frankfurt manter as taxas em 0,75% nesta semana.
“A política monetária deve permanecer acomodativa, e nós acreditamos que ainda há espaço limitado para o BCE cortar mais as taxas”, disse Lagarde em observações preparadas para um discurso a ser feito em visita oficial à Irlanda.
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“Restaurar um senso de equilíbrio quer dizer uma inflação mais baixa e aumento salarial no sul (da zona do euro), mas também pode significar permitir, de alguma forma, inflação mais alta e aumento salarial nos países como a Alemanha. Este também é um aspecto de solidariedade europeia.”
Lagarde disse que os líderes europeus podem precisar focar menos nas metas de redução de déficit para evitar prejudicar o crescimento da economia e ajudar seus habitantes atingidos pela recessão, assim como mas tranquilizar os mercados financeiros.
(Com agência Reuters)