Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

FMI reduz projeção de PIB brasileiro para 1,5% em 2012

Fundo vê perspectiva positiva de crescimento para o próximo ano, mas alerta para aumento do crédito e dos preços dos imóveis no país

Por Da Redação
8 out 2012, 20h56

O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez uma sensível redução da estimativa de crescimento do Brasil em 2012. A projeção passou de uma alta de 2,5%, feita recentemente em julho, para uma elevação de 1,5%, um pouco inferior à previsão do Banco Central (BC), que há quase duas semanas passou para 1,6% sua estimativa.

Para o FMI, a desaceleração expressiva do país não foi sentida apenas na economia local, mas provocou impactos expressivos na América Latina.

A revisão do crescimento brasileiro foi a segunda maior feita pelo FMI entre países avançados e emergentes, ficando atrás apenas da Índia, cujos números diminuíram de um incremento de 6,2% para 4,9% em 2012. De acordo com o relatório Perspectiva da Economia Mundial, divulgado nesta segunda-feira, o FMI também reviu para baixo a projeção do PIB do Brasil de 2013, de uma alta de 4,6% para uma elevação de 4,0%.

Leia também:

FMI reduz previsões de crescimento mundial, afetado pela zona do euro

Continua após a publicidade

A instituição acresita que a queda não foi provocada apenas pelo contágio da crise internacional, sobretudo a recessão na zona do euro. “A retomada do crescimento foi abaixo do esperado no Brasil – uma importante causa do desempenho regional mais fraco – devido a condições externas precárias e à transmissão mais lenta da distensão da política monetária desde agosto de 2011 como resultado do aumento da inadimplência, depois de muitos anos de rápida expansão do crédito”, apontou o FMI.

Para o Fundo, o aperto dos juros feito pelo BC no primeiro semestre de 2011 para controlar a inflação e a forte expansão do crédito também influenciaram o desaquecimento da economia.

Perspectiva de avanço – Embora a redução do ritmo do PIB do Brasil tenha sido avaliada pelo FMI como mais forte do que a da América Latina, o Fundo manifesta que a economia nacional deve pegar tração no fim de 2012, puxada pela demanda doméstica. Esse movimento terá como um dos principais agentes responsáveis o ciclo de corte da Selic pelo Banco Central, que reduziu a taxa básica de 12,50% para os atuais 7,5% ao ano. “Também é esperado que a expansão do emprego continue robusta, especialmente nos setores de serviços.”

Leia também:

FMI continua “cautelosamente otimista” com o Brasil

Segundo o FMI, a aceleração do PIB de uma alta de 1,5% em 2012 para 4% em 2013 deve ocorrer sobretudo em razão de ações adotadas pelo governo, como “medidas fiscais com o objetivo de fortalecer a demanda no curto prazo e distensão da política monetária”, como a redução da Selic de 5 pontos porcentuais em um ano.

Alerta – Apesar das perspectivas otimistas, o Fundo Monetário Internacional fez advertências sobre os preços elevados dos imóveis e o endividamento das famílias. O Fundo falou que as autoridades formuladoras de políticas devem ficar atentas a esses aspectos. Segundo o FMI “o boom de consumo tem sido um grande componente do forte desempenho do crescimento” nos últimos anos, mas “a demanda doméstica e os investimentos continuam relativamente baixos”. “Reformas (estruturais) poderão colocar o foco de forma útil em desenvolvimentos adicionais no pilar das contribuições definidas do sistema de pensões, racionalização do sistema tributário e desenvolvimento de instrumentos financeiros de longo prazo.”

O Fundo também manteve as notas concedidas há seis meses para os quatro principais indicadores da economia doméstica brasileira: baixo risco para inflação e para o fechamento rápido do hiato do produto; contudo, o FMI classifica como alto o perigo de que a taxa de desemprego possa ajudar a aquecer demais a economia; e mantém em vermelho o indicador para o ritmo do nível de atividade ante a tendência apurada antes da crise de 2007/2008.

Continua após a publicidade

(com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.