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FMI nega pânico econômico nos emergentes

Órgão disse que as tensões vistas nos últimos dias se devem às fraquezas dos países emergentes e pede controle da inflação pelos BCs

Por Da Redação
29 jan 2014, 10h03

O Fundo Monetário Internacional (FMI) negou nesta terça-feira que haja um movimento de “pânico” nos países emergentes, no momento em que vários deles voltam a desvalorizar suas moedas em meio à crescente desconfiança dos investidores. “Não há movimento de pânico. É uma combinação de fatores próprios” a cada um desses países, declarou o diretor do Departamento de Mercados e Capitais Financeiros no Fundo, José Vinals, em coletiva de imprensa.

Em sua opinião, as recentes tensões nos mercados são atribuídas mais às fraquezas intrínsecas dos países emergentes, que “ainda devem conseguir se adaptar” a condições de financiamento mais voláteis e aos prêmios de risco mais elevados que os mercados exigem. Diante da desconfiança dos investidores, alguns países emergentes viram sua moeda despencar.

Segundo Vinals, as tensões recentes nas economias emergentes não têm uma “explicação única”, ao contrário daquelas que explodiram em meados de 2013. Ao antecipar um endurecimento da política monetária americana, os investidores repatriaram seus fundos, de forma abrupta, para os Estados Unidos, o que afetou as contas públicas e privadas de alguns países, como Brasil e Turquia.

Na terça-feira à noite o BC da Turquia elevou de 7,75% para 12% a taxa básica de juros do país, em uma agressiva resposta às pressões de câmbio e inflação. A Índia também elevou de 7,75% para 8% e o BC brasileiro já havia subido de 10% para 10,5% a Selic há duas semanas.

Reagindo à ação do BC, nesta quarta-feira a lira turca se valorizava em frente ao dólar, sendo negociada pela manhã a 2,1720 liras por um dólar, diferente do nível histórico de 2,39 liras visto nesta segunda-feira. Antes do anúncio do BC, a moeda turca era negociada a 2,26 liras por dólar.

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Em janeiro, o Federal Reserve americano (Fed) começou a reduzir a injeção de dólares no mercado, medida que estava fazendo para melhorar a liquidez e conter a crise que assolou o país nos últimos anos. Contudo, para o diretor do FMI, esse movimento do Fed ainda não teve um “papel importante” nas tensões financeiras atuais. “Os mercados, em geral, prestaram pouca atenção (às decisões do BC americano)”, disse em nota. “Um importante êxito (do Fed) foi convencer os mercados de que uma redução (das injeções) não significaria um endurecimento” de sua política monetária, acrescentou.

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Inflação – Segundo o FMI, os Bancos Centrais dos emergentes devem combater urgentemente a inflação, que desestimula os investidores ao enfraquecer o valor de seus ativos. Para isso, completou Vinals, essas instituições precisam ter a independência necessária. “Os Bancos Centrais dos países emergentes devem dispor da independência necessária para atuar mais rapidamente, ou se atualizar o quanto antes para manter a inflação sob controle e transmitir confiança para os investidores internacionais”, declarou Vinals, sem se referir a qualquer país em particular.

Ele também pediu às nações emergentes que cuidem do endividamento “excessivo” de suas empresas e ressaltou que essas economias se mantêm, em longo prazo, vulneráveis a um aumento das taxas de juros do Fed.

Finalmente, ele fez um apelo à China e aos EUA para que “reforcem” sua vigilância do setor bancário informal (“shadow banking”), que gera “bolsas de endividamento excessivo” nesses países.

(com agência France-Presse)

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