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FMI defende controle de capital

Fundo alerta sobre efeitos nocivos da entrada forte de dólares

Por Da Redação
18 out 2010, 16h46

As declarações de Strauss-Kahn surgem em meio às crescentes preocupações com as consequências indesejáveis da liquidez excessiva gerada pelas políticas monetárias altamente frouxas nas grandes economias mundiais e com a falta de uma política universal bem coordenada em resposta à atual desaceleração econômica

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, fez um alerta nesta segunda-feira sobre os efeitos desestabilizadores da forte entrada de dólares e sobre os méritos da implementação de controles de capital para evitar uma futura crise financeira. Strauss-Kahn afirmou que, para evitar uma crise futura, os países têm várias opções políticas, que incluem taxas de juros mais baixas, que reduzem a entrada de moeda estrangeira; acumulação de reservas para enfrentar períodos de crise; política fiscal mais apertada, ou seja, economia; e, em alguns casos, controles de capital.

“Por exemplo, com uma bolha imobiliária alimentada pelo crédito, instrumentos de prudência devem ser o caminho a seguir. Mas se o problema for fluxos de dívida (leia-se forte entrada de dólares para investimentos em juros) alimentando um boom nos empréstimos com moeda estrangeira para tomadores de empréstimo desprotegidos, então a solução pode ser diferente e pode incluir controles de capital”, disse a autoridade.

Strauss-Kahn elogiou o papel da Ásia como líder da recuperação econômica global, mas alertou que os fluxos de capital estão inundando a região. Embora eles possam aumentar o investimento e o crescimento se forem canalizados na direção certa, “alguns fluxos podem claramente ser desestabilizadores”, disse. “Eles podem levar a um forte aumento da taxa de câmbio, booms de crédito, bolhas em preços de ativos e instabilidade financeira”, acrescentou.

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As declarações de Strauss-Kahn, feitas em reunião com representantes de bancos centrais em Xangai, na China, surgem em meio às crescentes preocupações com as consequências indesejáveis da liquidez excessiva (grande volume de dólares) gerada pelas políticas monetárias altamente frouxas nas grandes economias mundiais e com a falta de uma política universal bem coordenada em resposta à atual desaceleração econômica.

John Lipsky, vice-diretor-gerente do FMI, engrossou o coro. No mesmo evento, Lipsky disse que, embora os ajustes nas provisões orçamentárias e as políticas estruturais e cambiais sejam frequentemente respostas adequadas para o aumento dos fluxos de entrada de dólares, “pode haver circunstâncias especiais nas quais os controles podem ser um instrumento útil e temporário para lidar com esse crescimento no capital”.

(Agência Estado)

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