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FGV afirma que Copa não vai mexer com o índice de preços

Coordenador do indicador disse que efeitos de alta devem ficar restritos aos bairros próximos aos estádios

Por Da Redação
2 jun 2014, 18h53

A Copa do Mundo de futebol, que será realizada no Brasil a partir de 12 de junho, não deve impactar na inflação captada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S). A avaliação é do coordenador do indicador, Paulo Picchetti, que afirmou que os maiores efeitos devem ficar localizados e restritos aos bairros próximos aos estádios que receberão as partidas, sem influência capaz de trazer alguma pressão expressiva para o índice da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“No Brasil existe essa ideia de correlacionar qualquer coisa da economia aos preços”, disse Picchetti, lembrando que, mais recentemente, no verão, tentou-se vender a ideia equivocada que o forte calor estava gerando aumento da inflação. “A Copa vai causar inflação? Pode ser que, em um bar da Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, o suco de laranja custe 15 reais. Lá, isso poderá acontecer. Mas o índice é pesquisado no Brasil inteiro”, afirmou, lembrando-se do contexto bem mais amplo dos indicadores de inflação calculados no país.

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Para Picchetti, há setores da economia, como o de produção, que podem até ser afetados pelas datas dos jogos do Brasil, mas, na inflação captada pelos indicadores, poucos devem ser os itens influenciados pela Copa do Mundo. Um exemplo, segundo ele, são as passagens aéreas, que tendem naturalmente, em função da procura, a subir de preço. Mas, mesmo neste caso, ele lembrou que a proximidade das férias de julho também deve ser um fator com importância parecida para eventuais aumentos no valor deste item.

No IPC-S de maio, o item passagem aérea ficou no ranking das dez maiores pressões de alta do indicador da FGV. Apresentou elevação de 11,1% e teve comportamento bem diferente do observado em abril, quando recuou expressivos 29,31% e ficou no ranking de baixas.

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Um item importante em eventuais comemorações e reuniões de amigos, o churrasco, pelo menos por enquanto, também não dá sinais de aumento e tende, por sinal, a ajudar a inflação. Entre o fim de abril e o encerramento de maio, o preço da carne bovina saiu de uma alta de 2,05% para variação zero.

O item Refeição em Bares e Restaurantes, que chegou a ser apontado como influenciável pela Copa, também mostrou desaceleração. Avançou 0,72% em abril e, no mês seguinte, apresentou variação positiva de 0,62%. Para esse item, Picchetti também lembrou que é um componente que vem captando já há algum tempo os efeitos de um aumento de demanda gerado pela recuperação da renda e que pode ter explicações para avanço nos preços bem mais complexos do que a competição futebolística.

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(Com Estadão Conteúdo)

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