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Fed anuncia novo corte de US$ 10 bilhões nos estímulos monetários

A partir de fevereiro, as compras de títulos feitas pela autoridade monetária do país serão de 65 bilhões de dólares ao mês, ante os 75 bilhões vigentes em janeiro

Por Da Redação
29 jan 2014, 16h25

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), anunciou nesta quarta-feira uma nova redução dos estímulos monetários injetados mensalmente na economia. A partir de fevereiro, as compras de títulos feitas pela autoridade monetária do país serão de 65 bilhões de dólares ao mês, ante os 75 bilhões vigentes em janeiro. O Fed iniciou sua trajetória de retirada dos estímulos em sua última reunião de 2013, quando as compras mensais estavam em de 85 bilhões de dólares.

O anúncio está dentro do que era aguardado pelo mercado e marca a última decisão de política monetária tomada por Ben Bernanke, dirigente do Fed até sexta-feira. A partir de sábado, a instituição será assumida por Janet Yellen, atual vice-presidente da autoridade monetária.

Segundo o comunicado, o órgão reduzirá suas compras de títulos hipotecários de 35 bilhões para 30 bilhões de dólares, e de títulos do tesouro americano de 40 bilhões para 35 bilhões de dólares. Segundo o comunicado, o Fed observa uma “progressiva melhora” no mercado de trabalho – fato que chancela a contínua redução dos estímulos.

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A política de redução das compras de títulos (que leva o nome de tapering, em inglês) tem criado desequilíbrios preocupantes nos mercados emergentes. Investidores estimam que com a melhora no mercado de trabalho e o fim do afrouxamento monetário, os juros voltem a subir no médio prazo. Com isso, os títulos do tesouro americano, considerados os ativos mais seguros do mundo, se tornaram mais atrativos, deixando de remunerar o investidor com rentabilidade próxima de zero.

Com isso, o risco de se investir em títulos de países emergentes sobe. E, como o investidor, sobretudo o que atua no mercado de câmbio, opera em “manada”, a retirada de dólares súbita dos mercados emergentes acarreta em desvalorização cambial. No final do dia, trata-se de uma questão de redução de liquidez. Ou seja, o tapering deixará menos dinheiro disponível para circular pelo mundo e, para otimizar seus ganhos, os investidores devem se mostrar mais avessos ao risco.

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Para evitar a fuga de capital, países como a África do Sul, Índia e Turquia elevaram suas taxas de juro – o que, automaticamente, melhora a rentabilidade dos investimentos em títulos de renda fixa desses países. Contudo, mesmo com a artilharia de política monetária, as turbulências se mantiveram nesta quarta-feira.

A lira turca perdeu no meio do dia todo o aumento que registrou após o anúncio das taxas de juros. O rublo russo caiu a um nível historicamente baixo frente ao euro e o rand sul-africano perdeu 3%. O real também ampliou sua queda, o que fez com que a cotação do dólar encostasse em 2,45 reais.

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