Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Fazenda perdida: pasta não tem projeção para o PIB de 2012

Minutos depois de informar a redução da projeção de crescimento da economia neste ano de 4,5% para 3%, Ministério volta atrás. Dado correto segue incerto

Por Da Redação
24 ago 2012, 16h22

Minutos depois de informar, por meio da 16ª edição do boletim ”Economia Brasileira em Perspectiva”, a redução da projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano, o Ministério da Fazenda voltou atrás. Em e-mail enviado por sua assessoria de comunicação, a pasta afirmou que as informações da página 35 (referentes a investimentos e Produto Interno Bruto) ainda estão em revisão e que devem ser desconsideradas.

A Fazenda havia comunicado nesta tarde de sexta-feira que o PIB do país encerraria este ano com alta de apenas 3%, contra 4,5% da projeção anterior. Com o novo número, a projeção do ministério empatava com a da pasta do Planejamento, cuja expansão da atividade esperada é também de 3%, conforme o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do terceiro bimestre.

Após recuar e ser questionada pela reportagem se a projeção anterior (4,5%) ainda estava valendo, a assessoria da Fazenda reiterou a sinalização que já foi dada pelo governo federal, via Ministério do Planejamento, de que a economia não deve crescer mais de 4% neste ano. Afirmou ainda que o novo número do MF será comunicado em outro momento. Em resumo, a projeção anterior está em revisão e a estimativa atual não está fechada.

A previsão ‘errada’ do MF era mais otimista que a do Banco Central e do mercado. O BC trabalha com uma expansão de somente 2,5% neste ano – a autoridade monetária revisou seu número, anteriormente de 3,5%, no Relatório Trimestral de Inflação de junho. Dados do boletim Focus desta segunda-feira – levantamento realizado junto a consultorias, corretoras e bancos brasileiros – apontam que os economistas têm uma expectativa de PIB ainda pior, com alta de 1,75% no ano.

Leia mais:

Economistas projetam PIB ainda menor e aumento da inflação

Continua após a publicidade

A Fazenda projetou ainda que o PIB de 2013 crescerá 5,5% – exatamente o porcentual que constava na edição anterior do boletim.

Inflação – O boletim revisou também a previsão de inflação medida pelo IPCA de 2012 para 4,7%, ante os 4,4% apontados anteriormente. O documento destaca, contudo, que as pressões sobre os preços têm se dissipado progressivamente, ainda que assuma que houve impacto da alta das commodities no exterior sobre os custos no país.

Leia também:

Com PAC das Concessões, Dilma retoma as privatizações

Trem-bala será leiloado em 29 de maio de 2013

Mantega espera crescimento de 4% no 4º trimestre

Governo amplia limite de endividamento dos estados

Desonerações tributárias – O documento destacou ainda que as desonerações tributárias neste ano até julho somaram 35,9 bilhões de reais. Desse total 10,9 bilhões de reais referiram-se a desonerações de investimentos. “Com o intuito de impulsionar a atividade econômica, o governo tem concedido benefícios fiscais para diversos setores, que totalizaram pelo menos 97,8 bilhões de reais entre 2007 e 2011”, informou o boletim. Nesse período, conforme o documento, 32% do total, ou cerca de 31 bilhões de reais, foram incentivos aos investimentos.

O documento apontou ainda que “a manutenção das baixas taxas de desemprego e o aumento do rendimento real das famílias permitem inferir que está em curso uma normalização nas captações e empréstimos”. A equipe econômica projeta que, no segundo semestre deste ano, o mercado de crédito será mais benigno e contribuirá para a aceleração da atividade econômica. O boletim informou que, em junho deste ano, o mercado de crédito no Brasil atingiu montante superior a 2,2 trilhões de reais, alcançando o equivalente a 50% do PIB.

(com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.