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Fazenda confirma defasagem de 7% no preço da gasolina

No entanto, secretário do ministério afirma que o governo ainda não decidiu sobre o aumento de preço do combustível

Por Da Redação
16 jan 2013, 09h56

O secretário de acompanhamento econômico do Ministério da Fazenda, Antônio Henrique Silveira, afirmou nesta quarta-feira que ainda nao há uma decisão do governo sobre aumento de preço da gasolina, mas confirmou que a defasagem no preço do produto é equivalente a 7%. Ainda segundo ele, a mistura do etanol à gasolina, hoje em 20%, deve ser aumentada apenas quando entrar a próxima safra de cana de açúcar, a partir de abril. “O que saiu na matéria é plausível, mas não tenho notícia da decisão”, disse Silveira antes de participar de seminário promovido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Para ele, impacto do aumento dos combustíveis na inflação “vai depender do ano e da intensidade”.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, já havia falado na terça-feira desconhecer qualquer decisão sobre aumento nos preços da gasolina, ao ser indagado sobre o assunto ao chegar à sede do Ministério da Fazenda. Também questionado sobre o assunto, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, desconversou e não quis comentar o tema na terça-feira. Uma fonte do governo que participa das reuniões do Conselho da Petrobras, que tem o monopólio do refino no país, informou à Reuters que o aumento da gasolina e do diesel não foi tratado em reunião realizada na semana passada no conselho da companhia.

O jornal O Estado de S. Paulo informou na terça-feira sobre o possível reajuste de 7% no preço da gasolina e de 4% a 5% no óleo diesel, que devem ser anunciados na semana que vem. Segundo o jornal, o reajuste será sentido de imediato pelo consumidor, mas, para amenizar esse impacto e evitar uma piora nos índices de inflação do ano, a equipe econômica estuda medidas que poderão ser adotadas nos próximos meses, como o aumento da mistura de álcool anidro (etanol) na gasolina.

O teto da mistura do etanol à gasolina passaria dos atuais 20% para 25%. A medida representaria não só um desconto no preço da gasolina, como aliviaria a necessidade de importação de gasolina, que tem contribuído para o déficit da balança comercial no início deste ano.

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Segundo estimativas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIA), o reajuste do preço dos combustíveis proporcionará à Petrobras, com base nos volumes vendidos em dezembro, um aporte de 600 milhões de reais no caixa a partir deste mês. O presidente da instituição, Adriano Pires, afirma que, mesmo mantida parte da defasagem entre os preços internacionais dos combustíveis e os cobrados no Brasil, a notícia é boa para a Petrobras.

A decisão do governo de elevar o preço da gasolina foi admitida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em dezembro. Na época, ele comentou que “certamente” o preço dos combustíveis aumentará em 2013, mas sem indicar em que momento esse reajuste seria feito. Na época, o ministro avaliou que “não há nada de excepcional” em aumentar os preços da gasolina e do diesel.

Leia também:

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(com agência Reuters)

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