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EUA e Europa estão a um passo de uma década perdida, diz Economist

Dificuldade dos líderes em tomar decisões difíceis poderá levar os países a viverem a mesma estagnação que o Japão viveu na década de 1990

Por Da Redação
28 jul 2011, 19h12

A reportagem de capa da revista Economist desta semana traz uma ilustração emblemática: a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente americano, Barack Obama, caracterizados como japoneses. O recado da publicação é direto e simples: Europa e Estados Unidos estão seguindo o mesmo caminho que levou o Japão a passar toda a década de 1990 imerso em estagnação econômica e deflação.

Segundo a publicação, tal aposta baseia-se na falta de pulso dos países desenvolvidos ao lidarem com a atual crise econômica. A revista critica tanto a falta de clareza da Europa ao tentar resolver o problema grego quanto a absurda disputa política que se formou nos Estados Unidos em torno do aumento do teto da dívida. “As semelhanças entre o drama americano e o europeu estão no fato de seus protagonistas se recusarem a enfrentar a realidade”, afirma o texto.

Europa – A reestruturação da dívida da Grécia, na avaliação da revista, é apenas a parte mais incômoda de um problema gigantesco que envolve outras economias periféricas, como Portugal e Irlanda, e também a fatia rica da Europa – quadro que os líderes recusam-se a admitir. “Eles falharam em fazer uma reestruturação séria: o atual pacote de resgate reduz a dívida da Grécia, mas não o suficiente para dar ao país uma chance genuína de recuperação”, informa a reportagem. Em outras palavras, a revista acredita que os países fortes da zona euro (sobretudo França e Alemanha) deveriam assumir que terão de arcar com o prejuízo de uma união monetária mal pensada – reestruturando todo o sistema fiscal e monetário do bloco. A revista também afirma abertamente que é a favor da dissolução do euro.

Estados Unidos – Sobre a questão americana, as críticas não são menos duras – sobretudo em relação aos republicanos. “Houve um tempo em que a direita americana conseguiu liderar o mundo no que diz respeito a repensar governos; agora, ela não passa de uma miniatura intelectual”, diz o texto. Ainda segundo a Economist, almejar a redução do déficit sem aumento de impostos é ilusão do Partido Republicano. “Eles não conseguem nem fazer as contas do orçamento corretamente”, provocou a revista.

A resolução do problema, de acordo com a publicação, é simples: a Europa precisa se reestruturar completamente e se livrar de todas as ineficiências; e os Estados Unidos devem sacrificar seus benefícios sociais e aumentar impostos para conseguirem reduzir o déficit fiscal. Na teoria (e apenas nela), parece fácil.

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