Europa contrata 22 mil, mas taxa de desemprego não muda
Apesar de menos pessoas sem ocupação, índice permaneceu inalterado em 11,8% da população, o que ainda representa uma situação preocupante
O número de pessoas sem trabalho na zona do euro caiu em cerca de 22.000 entre fevereiro e março, mas a taxa de desemprego não teve mudança estatística significativa e permanece em 11,8%. Segundo dados da agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, ao todo 18,91 milhões de pessoas estão sem trabalho, número ainda alto e que mostra que muitas famílias não sentiram a recuperação econômica. O recorde de desemprego no bloco foi de 12%, há um ano. A taxa de fevereiro era de 11,9% inicialmente, mas foi revisada pra baixo nesta sexta-feira.
Dentre os 18 países da região, é visível a diferença de estágio de recuperação econômica. Enquanto os níveis de desemprego na Áustria e na Alemanha ficaram em torno de 5% em março, na Itália e Espanha eles chegam a 13% e 25%, respectivamente.
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Ainda nesta sexta-feira, a companhia de informações financeiras Markit divulgou o indicador de desempenho da indústria da zona do euro. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) subiu para 53,4 pontos em abril ante 53,0 pontos em março. Este foi o 10º mês que o índice fica acima da marca de 50 pontos, o que indica crescimento – abaixo desse patamar a atividade está em contração.
A recuperação do setor industrial da zona do euro acelerou no início do segundo trimestre mas as fábricas reduziram os preços dos produtos pelo segundo mês seguido.
O crescimento foi mais uma vez liderado pela Alemanha, maior economia da Europa. Vale ressaltar que a indústria da Espanha e Itália, que antes tinham dificuldades, registraram melhora na pontuação. Mas a indústria na França permaneceu fraca.
(com agência Reuters)