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Europa busca acordo para acelerar união bancária

Ministros da zona do euro reúnem-se nesta quarta-feira para discutir a criação de um supervisor único para as instituições financeiras da região

Por Da Redação
12 dez 2012, 15h13

Os ministros europeus tentam nesta quarta-feira acelerar um acordo pela criação de um supervisor único para os bancos da zona do euro, após o fracasso das negociações da semana passada. A criação do órgão permitirá a recapitalização direta das instituições financeiras nos países mais afetados pela crise da dívida europeia, como a Espanha.

A Espanha alinhou-se com a França e a Itália para defender a criação rápida deste órgão fiscal único – passo fundamental para uma recapitalização direta do setor financeiro europeua. Os três países posicionaram-se contra Alemanha, Suécia e Reino Unido, que preferem ter mais tempo para resolver problemas técnicos.

“O mecanismo de supervisão única é o passo mais importante para integrar e completar a união monetária”, disse o presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Barroso. “A possibilidade que o MEE (o fundo de resgate permanente) recapitalize diretamente os bancos também deve acontecer”, completou Barroso.

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A criação de um supervisor único, sob a égide do Banco Central Europeu (BCE), é a condição imposta para que se permita a recapitalização direta dos bancos – sem que isso se transforme em dívida pública. O assunto é urgente na Espanha, que está prestes a receber 39,46 bilhões de euros para financiar o resgate aos bancos espanhóis nacionalizados e a injeção ao chamado “banco podre”. Contudo, esses fundos serão injetados pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) ao Frob – o fundo público espanhol de ajuda aos bancos, o que acabará engrossando a dívida do país.

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A Espanha minimizou o impacto do aporte no Frob, dizendo que se trata de um aumento de apenas 3,5% do PIB. Já os especialistas não estão tão seguros principalmente porque os bancos espanhóis, golpeados pelo estouro da bolha imobiliária em 2008, fragilizam-se a cada dia. Segundo Roland Gillet, professor de Finanças da Universidade Livre de Bruxelas, as necessidades de recapitalização destas instituições financeiras seguirão em crescimento.

Berlim manifestou-se de forma otimista sobre a reunião desta quarta-feira. “Esperamos grandes avanços e inclusive um acordo”, disse uma fonte governamental alemã. Contudo, não é fácil que os ministros cheguem a um consenso após o fracasso da reunião para resolver esse assunto na semana passada, cuja única decisão foi definir a data deste novo encontro.

Divergências – Enquanto Berlim acredita que a supervisão do BCE deve se concentrar apenas nos grandes bancos, França, Itália e Espanha pretendem aprovar um sistema que se aplica ao conjunto dos bancos europeus, ou seja, as 6 000 entidades do continente.

As maiores diferenças foram levantadas entre os 17 países da zona do euro e os dez restantes da UE, que não querem ficar de fora. Se o BCE, cumprindo seu papel de fiscal único, votar em nome dos 17 dentro da Autoridade Bancária Europeia (ABE), os dez países de fora do euro temem se tornar a minoria. Já o Reino Unido, que abriga o maior centro financeiro da Europa, não está disposto a colaborar.

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(com Agence France-Presse)

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