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EUA e Europa cobram de Azevêdo uma OMC ‘para todos’

Em cerimônia de reconhecimento de Roberto Azevêdo como novo diretor do órgão, representantes pedem atenção aos países ricos

Por Da Redação
15 Maio 2013, 10h37

Estados Unidos e Europa cobram do brasileiro Roberto Azevêdo que não seja um diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC) que sirva apenas aos interesses dos países emergentes, mas atenda também às preocupações dos ricos, se quiser terminar os quatro anos de “governo” com algum êxito. Nesta terça-feira, entre aplausos, elogios e até um clima de celebração que há muito não se via na OMC, Azevêdo foi confirmado como diretor eleito da entidade e apressou-se em prometer atuar “pelo interesse” de todos os países. Ele mandou o recado aos países: terão de negociar em “boa-fé”, se quiserem tirar a OMC da crise.

O clima de festa entre os delegados se confundia com um sentimento de alívio de que o processo não acabou em novo impasse. O atual diretor, Pascal Lamy, classificou o momento como exemplo da “unidade da família da OMC”. “Podemos deixar de lado nossas preocupações diárias e olhar o cenário mais amplo que a organização representa e seus valores: abertura de comércio para o benefício de todos, não discriminação, justiça e transparência”, disse Lamy, que não economizou elogios a Azevêdo. Representantes de 52 países tomaram a palavra e, em três horas, também declararam a confiança no novo diretor-geral. Até o Irã, que não faz parte da OMC, pediu a palavra para elogiar o brasileiro.

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Se o clima era de festa, os recados não deixaram de ser dados. Azevedo foi eleito graças ao voto dos países emergentes e, apesar de EUA e Europa não terem criado oposição ao nome dele, não votaram no brasileiro. Na terça-feira, esses governos insistiam que caberia a Azevedo assegurar que não governará apenas para os seus eleitores. “Ele vai precisar de consenso para levar o trabalho adiante”, adiantou o embaixador dos EUA na OMC, Michael Punk, ao ser questionado sobre a imagem de Azevêdo como diretor eleito pelos emergentes. “Ele sabe isso melhor que ninguém. Espero que seja sábio”, afirmou.

Em Bruxelas, a cúpula da UE também insiste que Azevêdo terá de adotar uma posição de consenso se quiser manter a credibilidade no cargo – não poderá atender apenas a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics). A Europa votou no mexicano Hermínio Blanco, mas indicou que estaria disposta a trabalhar com o brasileiro.

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Manifestações sobre Azevêdo também vieram da diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. “Queria manifestar minhas mais sinceras felicitações a Roberto Azevêdo por sua designação da OMC”, afirma a francesa em um comunicado.

A diretora do FMI destacou a confiança de que sob o comando do brasileiro, a OMC “possa aproveitar as oportunidades e assumir os desafios a que será submetido o sistema comercial multilateral nos próximos anos”.

(com agência France-Presse e Estadão Conteúdo)

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