Zagreb, 18 abr (EFE).- A Eslovênia vive nesta quarta-feira uma greve do setor público em protesto pelos planos do Governo de reduzir os salários dos funcionários em 10%.
Segundo a imprensa local, se trata da maior greve produzida nesta república da ex-Iugoslávia, que faz parte da União Europeia (UE) desde 2004.
Os funcionários públicos também farão uma grande manifestação em frente ao Parlamento e à sede do Governo em Liubliana.
A greve, que pode prolongar-se por vários dias, foi convocada por 23 dos 24 sindicatos do setor público, que emprega mais de 150 mil pessoas em um país com apenas dois milhões de habitantes.
Entre os setores afetados pela paralisação estão hospitais públicos, escolas, museus, bibliotecas e bombeiros, entre outros.
Os sindicatos exigem que o Governo desista das medidas que, em sua opinião, prejudicam os direitos sociais, não demita funcionários públicos e não reduza seus salários.
Além de diminuir os salários no setor público, o Governo conservador do primeiro-ministro Janez Jansa prevê, entre outras medidas, reduzir os valores pagos em períodos de afastamento por doença e durante licença-maternidade.
No total, o pacote de austeridade de Jansa prevê cortes de 800 milhões de euros, com o objetivo de reduzir até o fim do ano o déficit público a 3% do Produto Interno Bruto, segundo o exigido pelo pacto de estabilidade da zona do euro, à qual a Eslovênia pertence desde 2007. EFE