Como a presidente Dilma Rousseff está em viagem ao Rio Grande do Sul, a decisão sobre um eventual adiamento do leilão do trem-bala deve ser tomada apenas na próxima semana, disse nesta sexta-feira o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Ele ainda confirmou que o consórcio espanhol – formado pelas empresas públicas Adif (administradora de infraestruturas), Ineco (engenharia e economia de transporte) e a Renfe (operadora de ferrovias), que é a operadora do trem que descarrilou em Santiago de Compostela provocando a morte de 79 pessoas no final de julho – já entregou ao governo uma carta-compromisso garantindo a sua participação na disputa em uma nova data.

Bernardo voltou a dizer que se houver um novo adiamento da disputa do Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro com parada em Campinas, o prazo máximo deverá ser de 90 dias. “Os consórcios tiveram oito meses para montar suas propostas. Além disso, seria uma ‘sacanagem’ com os grupos que estão dispostos a participar até agora”, completou. Segundo ele, essa nova postergação não atrapalharia o cronograma de construção do projeto, previsto para entrar em operação comercial na metade de 2020.

Por enquanto, apenas os franceses estariam confirmados para o leilão marcado para o dia 19 de setembro – com a entrega das propostas na próxima sexta-feira. Nesta quinta-feira, os espanhóis buscavam concluir uma proposta, caso o leilão não fosse adiado. “E os coreanos sumiram, mas podem aparecer do nada no dia de entrega das propostas, pois eles conhecem os termos da concessão”, acrescentou Bernardo.

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(com Estadão Conteúdo)