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EPL deve ser 1ª ‘vítima’ de corte de verbas do governo

Estatal criada originalmente para cuidar do Trem de Alta Velocidade foi esvaziada e atualmente é tratada como repartição que perdeu razão de ser

Por Da Redação
15 abr 2015, 14h29

A poucos dias do anúncio de um grande corte no orçamento federal, o Ministério dos Transportes vem preparando um forte enxugamento em seus gastos de custeio. Um grupo de trabalho constituído no fim de fevereiro pelo ministro Antonio Carlos Rodrigues deverá apresentar suas conclusões até o fim deste mês. Nos estudos em andamento, a principal “vítima” do ajuste tende a ser a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que pode sofrer até corte de pessoal.

Estatal criada originalmente para cuidar do Trem de Alta Velocidade (TAV), projeto que já foi a menina dos olhos da presidente Dilma Rousseff, a EPL viu engavetada sua principal ambição logística e passou a se envolver nas concessões em infraestrutura. Atualmente, é tratada nos corredores como uma repartição que perdeu boa parte de sua razão de ser.

Segundo reportagem, a estatal deve adiar a contratação de estudos ambientais das futuras concessões em infraestrutura. É uma mudança forte na orientação da empresa, que antes tinha como objetivo fazer justamente o contrário: acelerar os estudos, para que os empreendimentos já fossem oferecidos à iniciativa privada com meio caminho andado para obter as licenças ambientais. As análises de impacto das obras em infraestrutura não demoram menos do que um ano, prazo exigido para observar o comportamento de flora e fauna dos locais afetados.

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Seguindo orientação geral de toda a pasta dos Transportes, a EPL também está renegociando contratos com seus fornecedores. Medida tradicionalmente adotada em tempos de ajuste fiscal, ela tem por objetivo obter descontos nos preços de serviços já em andamento, tendo como justificativa o quadro de restrição de gastos.

A EPL virou alvo preferencial do corte porque seu principal projeto, o trem-bala, foi arquivado sem data para ser retomado. A sucessão de fracassos em licitar essa obra entre 2011 e 2013 levou à saída de seu então presidente, Bernardo Figueiredo, que era o cérebro por trás da empresa. Nos bastidores, o que se dizia era que a estatal havia sido criada por Dilma para acomodar seu “queridinho”, depois que o Senado rejeitou sua recondução à presidência da ANTT.

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Corte – Em todo o ministério, a ordem é passar a faca e reduzir as despesas administrativas em no mínimo 20%. As obras serão poupadas. Mas o corte afetará itens como limpeza, segurança, recepcionistas, além das contas de água e energia. É esperada também uma redução importante nos gastos com aluguel.

Nesses rearranjos financeiros, o grupo de trabalho também estuda desabrigar a EPL, que hoje ocupa dois andares de um luxuoso conjunto de salas comerciais no centro da capital federal. O aluguel é cotado no mercado a 500 mil reais mensais. A tendência é que os funcionários da estatal sejam acomodados no prédio ocupado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que também é alugado. A mudança ainda está em análise.

(Com Estadão Conteúdo)

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